quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Como vento, passo por mim sem que eu visse..
Nada de planos, nada de fugas..
Extremamente minucioso:
Sentei aqui, na minha varanda banhada pela lua,
Fiquei a te espera,
Apta a captar qualquer sinal..
Fiquei ali, intacta na forma real..
Meu café esfriando, a lua se pondo - minha apatia se fez..
Fostes tão fugaz!
Mas isso não que dizer que eu vá esquecer.
Entenda: seu menor movimento muda a ordem das coisas..
Sua fala não pensada atinge, ferindo como uma farpa,
Dolorida.. Desapontada!
Essa minha frieza será ela do mármore?
Acho que vem só de uma reação..
Essa sua aspereza cheia de indiretas,
Ação gera consequencia..
Carne fraca a desses homens solitários,
Desesperados, por não terem a moça branca do lado.
Faz como queres,
Fez-se seus prazeres..
Enquanto estou aqui, na minha varanda..
Esperando o dia, esperando a manha..
Esperando um movimento, qualquer bandeira..
Bandeira branca, flor.
Só ficarei esperando enquanto houver
essa ânsia que em embrulha o estômago com duvida.
Depois que descubro, volto a caminhar
Encenar no mar de sentimentos..
Enquanto houverem noites de lua, nada amedrontara,
tanto tal moço, quanto a moça,
inquieta da sua palidez por falta de emoção,
mas não pense que não há mais sentimento,
é só a luz do luar na minha face..
Pega essa lua, deixa ela te levar..
Senta do meu lado e como também a encenar.

Andrea Kirkovits

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