domingo, 21 de novembro de 2010

Carmelita.


Contei a lua:
Que esse amor que eu não sei de que,
Tem sido de expressões difíceis!
Árduas de paralisar,
de me fazer desacreditar...
Meu amor, parece que não caibo na tua
imensidão..

Dei-te um beijo nas tranças,
para acalmar..
Bem que a Carmelita me disse,
que isso não ia o sossegar!

Larga esse seu sistema majoritário de me amar.

Carmelita me disse que eu preciso
de férias para amar...
Preciso de uma imensidão,
vezes o infinito,
pra eu te encaixar...

Meu amor, você sabe que eu
quero estar com você, quando precisar...
Quando estiver escuro,
e, mesmo que com tua astucia,
você não saiba pra onde vai!
Quero no final do caminho estar a te esperar!
De qualquer forma,
a dama da noite há de nos iluminar,
nunca falhou e nem há de falhar!

Carmelita me serviu de uns cafés de outrora,
com doses de magnitude de sua existência,
com uns pingados prateados na xícara,
de estrelas cadentes pra me contentar...
Esses cafés de outrora, me faz pensar!
Fiquei tantas noites estendidas na terra a te ouvir e admirar!
Oh, Carmelita!

Disse-me ela, que não sabe como esse amor não me apavora!
Ela falou-me,
aquela criança divina,
com a testa fincada em rugas
de preocupação:
Sou mãe das mulheres,
minha filha, e, me diga,
quanto tempo de rédeas e pressão ainda lhe
são cabiveis no peito, e, no seu cálice de vida jovem?

Dei um beijo nas tranças de Carmelita, e,
tão desnorteada, não sabia a resposta vã, mas lhe disse:
Lua, lua, lua! Já disse que um dia meus fardos hão de
se cansar, e ai, é com você que eu vou querer me casar!
Quanto ao menino de amor faminto,
e do meu amor sem pressa?
Disso eu não sei não Lua,
Jogue me suas tranças, ou,
eu me jogo de vez na lucidez desse amor de embriagues!
Dessa vida sobre terras concretas...

Carmelita,
Carmelitinha...
Prateada, serena...
Dei-te um beijo nas tranças,
respeitoso...
E fui-me embora!
Esperando a próxima chance de observar.

Andrea Kirkovits

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