segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Paródia do Meio Dia!

Passando do dia normal ao que eu menos esperava,
de surpresa em plena metade do dia,
não, não! Nem isso era,
ainda o sol floria,eram meio dia.
Já logo ai, me surpreendia, ao esmagar um coração, sem noção.
Como se eu ainda não tivesse um dia todo para sobreviver,
uma avenida inteira para percorrer, sem deixar a menor fagulha
do incêndio transparecer, com o coração na boca, como aquele jogo de maçãs em que você não as pode deixar cair no chão, tendo que manter todo equilibrio! QUANTA ironia, mas isso é bem tipico de librianos, esse equilibrio inesgotavel, de dor que mesmo já sentida, no cenário dessa paródia, não é permitida.
Mas se não tenho 'aquilolá', mesmo assim está tudo guardado em mares, areias que desenham nomes,
está tudo guardado em pedras, como se fez e se faz esse momento!
Já logo de cara, não querendo me deparar com um espelho,
se a expressão ali, depois do meio dia já se é presumida,
lacrimejando desamor, desgosto, desencontros..
Tá que tem muito drama ai em cima,
mas depois do meio dia, com o sol fazendo a flor não regada murchar,
poderia ser menos dramático do que isso?
Talvez uma paródia! ISSO! Exatamente isso,
é uma paródia de amor, meu grande amor.
Mas não vamos de longe nos queixar, afinal sou até capaz de mesmo sem saber, sambar em cima de nossas frases de clichê, sem mesmo perceber o quanto as deforma,
o quanto para a atriz principal, dessa paródia não tem nem forma.
E é tão natural esse ciclo idiota, que até assusta, tendo certeza que meu ponto final, sempre será um poema de menina compulsiva, louca de vontade de você amigo, dela, a menina dos sonhos, dele, o menino cupido de amor em meu peito desinibido.
Passaram-se cinco minutos depois de meio dia e esta TUDO completamente IGUAL, quase tanto, como se isso fosse mesmo normal...E falar do normal até que me faria esquecer, ver passar mais cinco minutos, pra depois chorar até o outro amanhecer, em total extasie, no peito liso do beija-flor, AÍ desse meu amor.
Ouvindo as musicas tristes, tão tristinhas, mas não as ouvi para chorar,
tipo derramar todo o desespero, foi só para me confortar, ao saber que alguém já sofreu também,
ao ponto de colocar melodia em sua dor, ao ponto de sentir mais que eu o que já conhecemos, a dor de um amor... com um fone no ouvido, totalmente dispersa da realidade futura, só com a que tinha passado, PASSADO. Rendendo egos, vontades minha, de caprichos de volupia, de um gosto peculiar a luxuria, se aflorando com musicas além do que se vê, que por mais que eu não saiba dedilhar as notas, posso as entender;
Tá aí a questão, daquele dia sobre areias finas, construindo castelos mais faceis de se destruir, contemplando expressões suas, tão tímidas, apoiando-se no seu violão, seu refugio, seu pão; tocando a musica que eu dizia bem baixinho gostar!
Paródia do meio dia, revestida de lembranças tão assiduas, como se eu fosse uma SUPER-MULHER, capaz de suportar qualquer coisa, depois de tantas outras milhões e milhões de cenas infâmias, passando pela minha mente como se fosse um filme de extremo sucesso, com a atriz principal, desprezando o tapete vermelho.
Como se eu tivesse um peito de ferro e ainda fosse capaz de prever o futuro, UHUM, e o Papai Noel vai descer pela minha chaminé e dar 'aquilolá' de presente pra mim, até parece!; irônia MAIS uma vez! Sarcasmo outra vez, desse destininho abusado que cisma em se meter em meus caminhos, em minhas avenidas, mas ele não sabe que eu aproveito mesmo tudo,
pode ser uma ópera ou uma satira de amor,
pode ser até o que nesse dia me doeu, na paródia do meio dia!


Andrea Kirkovits.

2 comentários:

  1. pode ser qe vc escreve lindamente qnd está... nervosa? essa ñ é a palavra, mas sei qe vc sabe qe eu sei como vc se sentiu ;D

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  2. HSUAHSUAHSAHUAHSUAHUHSUAHSU... éee, moçinha, voc sab sim..

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