sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Recanto.


No mais, parecia-lhe estar desvencilhando..
Mas, no mais, será apenas mais um feriado desses,
sem meu amor,
como tantos,
como muitos e muitas.

É mesmo de se perder naquele marrom,
da sua íris de topázio, muito nítidos,
onde me crusificam esse amor.

Que aqui no meu canto,
onde o recanto,
perde todo o encanto,
se ele não vêm ao meu encontro.

Quem vai desarrumar minha cama,
minhas cobertas que vazias ferem,
quem vai me perguntar sobre os livros,
do velho,
do novo.
Quem vai ouvir meu discurso extenso,
sobre esse mundo que vivemos?
Quem vai me dar o peito pra deitar,
enquanto a chuva lambe esse mundo,
longe do meu canto,
meu recanto,
que sem você,
só sobra pranto...

Pranto pelos dias que nem vieram..
Por que a minha saudade,
já se fez...
Mesmo no meu sono,
mesmo na minha distancia tropega!
Mas você já estava tão bem simulado em
meus pensamentos.
E é a mesma saudade que eu imagino
rondar sua sombra.

Faz assim:
Vem logo pra mim,
que eu quero você aqui,
ali,
em todos os lugares,
para que onde eu olhar,
ou pensar em ir,
possa te encontrar,
tropeçar em você,
cair em cima de você...
Brincar de ser feliz.
Nesses bosques que se seguem,
de borboletas, flores de amor,
essecias nossas...

Meu amor,
vou lhe confessar:
Você me ganhou..
Agora, eu quero você!
Quero seus par de topázios achocolatados,
onde sua íris brilha.
Quero suas flores,
sua essencia,
sua pureza,
seu recanto se encaixando no meu canto..
Quero tudo,
sem deixar passar nenhum detalhe,
caminhando por entre esse bosque magico que
segue em nossa frente.

Quero me apoiar na beira dos lagos,
e ver nosso reflexo, num só.
Pois assim será.

Andrea Kirkovits

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