sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Alma de Criança.


Nós compomos de baixo de chuvas.
Que por mais escura que sejam as noites,
Eu sei que por trás de nuvens pesadas
está a lua pairando sobre nossas almas!
Que berram a vontade de para sempre ser criança.

Nós compomos como os gatos que ficam
nos muros,
tão atentos a observar cada movimento.
Atentos a relances,
às vertigens que são causadas pelo brilho
de nossas vidas!
Simplesmente estonteante tê-la.

Andamos nessas florestas,
em que cada árvore coresponde a uma doce
fantasia de criança,
de vontade maliciosa de aprontar!

Soltar nossa pipa nos céus de inocência!
Soltar nossas risadas sobre os vários mundos
que existem na alma de quem ama!
Soltar piões coloridos,
os vendo rodopiar explendorosamente
em sua simplicidade!
Em sua felicidade provocada.

Como a simplicidade de um beijo,
de um olhar!
Do olhar meigo,
com as pulipas de lua...
Que já não chora mais essa prata purpura!
Ai está a graça dos vários mundos!
De todos os sentidos!
Precisamos mais da malícia de crianças!

Nos contentamos com um pouco menos;
maravilhados com o ressonar das asas da
borboleta voando.
Agredecidos desde já pelas lágrimas que escorrem
nas telhas de minha casa,
com a chuva revigorando a alma da criança!
Agradecido por essas lágrimas não serem mais internas,
doce criança!


Andrea Kirkovits

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