quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Houve um amor, na hipótese do fato mais abstrato,
mas esse fato, foi consumado,
consumido,
talvez até abduzido.
Houve tanto amor, na verdade,
que pensaram ser besteira, daqueles de verão,
eu pensei que fosse mentira,
mas os pares estavam formados,
os dados jogados,
cartas translúcidas foram depositadas nas gavetas
de minha memoria...

E aquela folha, continua seca em uma comoda,
empoeirada, fosca! Morrom, cor daqueles olhos.
Com virtudes escritas em seu auto relevo,
no esqueleto da natureza...
Falha na moldura.

A primavera que me foi dada,
enfeita o espelho do oficio,
mas é inacreditável o marasmo em que foi se parar...
Mas houve amor ali,
mas talvez,
houvesse sol demais...
Flores secam assim, e,
outros ficam cegos!
E o que sobra,
são unidades separadas,
os jardins delapidados,
de uma flor só!

Pra variar,
o costume de amar sozinhos.
Por seu achar nada empírico...
Esqueceu de ouvir o farfalhar,
das folhas lhe tocando a canção certa!
Mas, neste cenário par partido,
sobram os planetas,
que se agruparam nos gametas,
de uma conspiração!
Seria nossa, toda a contradição?
O Sol, ele cega.
E o chapéu de festa, berra..
Os doces iludem,
as contorções das mesma palavra,
marcham,
em direção de onde?
Faiscas matinais.


Andrea Kirkovits


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