domingo, 27 de março de 2011

Ser.

Quantas versões persuasivas podem existir para uma mesma verdade?
Sei eu? Não, claro que não!
Mas agoniza minha mente probre também o Não Saber!
Então, será que quero mesmo tudo saber?
Pois imagino que o tudo possa ser tão cruel ( em verdade ),
possa ser tão cruel quanto o nada!
Viverei de intermédio então? Não!!
Inércia? Talvez.
Mas não marasmo; estarei numa inércia intima,
inerente oa constante exercicio do meu Ser!
Ou será que já atirada ao mundo,
como , já sendo devorada por ele,
como uma pedaço de comida pelos famintos,
será que já sou eu um intermédio de qualquer coisa que queira se solidificar em forma humana?
Também não sei!
Só sei que sou.
E mais:
Talvez tanto Sou,
que alguem que não sei quem,
agora está lendo uma parte minha!
Alguém notou! ( uma faísca no escuro ).
Mas agora já estou alheia a isso.
Pois bem, então, sem muitas deixas, sou assim:
Sou um intermédio de mim mesmo!

Andrea Kirkovits.



~ Se nada é novo, e o que hoje existe
Sempre foi, por falha a nossa mente
E, se esforçando por criar, insiste,
Parindo o mesmo filho novamente!

Que do passado houvesse uma mensagem,
Já com mais de quinhentas translações,
Mostrando em livro antigo a sua imagem
Quando a escrita mal tinha convenções!

Para eu ver o que então diria o mundo
Da maravilha dessa sua forma;
Se nós ou eles vamos mais ao fundo,

Ou se a revolução nada reforma.
Estou certo que os sábios do passado
A alvo pior tenham louvado. ~

William Shakespeare

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