quarta-feira, 13 de abril de 2011

Essência.


Conturbada, ou perturbada, talvez desnorteada, ela pensa:
Devo estar fazendo algo errado,
mas o que há de errado?
Já desgovernada admite não saber o por que
desta injuria descontentada.
Supõe apenas que possa ser mais uma dessas
graves falhas humanas, acarretando liames improváveis.

Enfim, indignada por descobrir uma de suas falhas por
simplesmente viver,
com ou sem santidade em sua existencialidade,
tenta expurgar todos os seus sentimentos:
Ela queria achar apenas sua mais puríssima - quase agua benta -
e mais destilada essência,
livre dos impulsos humanos.
Ela queria bem mais,
dentro de uma cegueira absurda,
Ela quis sentir o cheiro de sua própria essência.

Ela parecia querer alcançar o centro da terra
e descobrir o que lhe foge aos olhos já cegos.
Cegos por este mundo de matéria bruta e desencantada!
Onde já não há mais o vislumbre de magia...

Sentada, ela observa a verdadeira orgia dos seus pensamentos,
pois ela já estava despida dos sentimentos.
Ali, observando, ela só agonizava por não saber qual o erro,
por que para ela havia de ter algum Erro em meio sua paz
mais intima...
Mas após um tempo, indagou-se:
Será que não saber deste erro, logo não vive-lo,
é já uma forma de ser feliz? Talvez.

E quanto a sua essência, concluiu que é uma questão
de Aprovação! Isso mesmo!
Falo de uma aprovação de Ti para Si mesmo,
pois saber de tua essência é tão fatal quanto a morte,
posto que ela é teu segredo mais opaco e mais bem guardado;
Escuta-me:
Saber esta verdade é tão perigoso,
pois pode ser que essa verdade Tua, seja tão cruel,
que você não seja mais capaz de existir com ela,
quando é ela que te sustenta.

Andrea Kirkovits.

2 comentários:

  1. uia... muito profundo esse linda ta inspirada hoje hem.. =D

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  2. Eu REALMENTE preciso falar algo? rs
    A verdade do toda essência é cruel, mas puramente sincera... =]

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