quarta-feira, 13 de abril de 2011

Eu Cantei.


Eu cantei, homem! E cantei!
E tanto amei-te em minha frieza de pedra, então
pense nisto: pedras são exatas, logo meu amor também foi.
Só você não viu.
E eu cantei tanto!
Cantei seus modos primitivos,
cantei até o que um dia poderiam ser nossos
futuros filhos!
Eu cantei como quando uma mulher ama um homem,
e faz sonetos do libido selvagem!
Só você não sentiu, não se permitiu!
Me desculpe, oh homem!
Pare de cerrar seus olhos assim, e enxergue,
pois eu cantei!
Eu cantei desvairadamente,
só você não ouviu!
Pare de se cobrir com escombros de tristeza!
Pare de querer fossificar a primavera em que vivemos.
E se eu te sorrio hoje, é por que eu vivi, eu cantei,
ai Deus, nós dois é que sabemos como eu amei...
Amei tanto que hoje por lisonjeio, sou toda sorriso para ti!
Eu cantei, homem!
Tão estridente, sem me preocupar com uma afinação exata,
ao contrário de di, oh Homem!
O amor, ele não tem definição,
se não não a voz de quem se amou ou ama:
Esse é seu único tom!
E eu Homem,
Ah, eu cantei...
Só você não quis ouvir.


Andrea Kirkovits

Nenhum comentário:

Postar um comentário