domingo, 11 de setembro de 2011

xx

Me lembro de uns tempos,
tempos de antanho...
Tempos em que fui convictamente devota
ao desmerecedor,
mas o ser humano é um bicho fraco e que rapidamente,
cria rancor, mas não refiro a mim...
Pois a minha pessoa, o que resta agora é o antagonismo,
um olhar frio e devassador.
Sim! Um olhar que te atravessa,
e de minh'alma doce de poeta,
nunca mais saberás tu!

De lembranças difusas,
muitas já sem forma,
em minha mente só em silhueta na neblina
de meus pensamentos, fez-se vossa imagem.
Malevolência: Eu te acusei!
E essas lembranças metódicas,
elas não são escusáveis.

Cansada das emoções supérfluas,
sentei-me no carcere de uma montanha...
E a visão dos picos,
eu sei que é mais dolorosa - é a verdade por inteiro e necessária -
Observei a dança das folhas, sendo gentilmente acariciadas pelo vento,
Observei a terra respirando constantemente...
Toquei tropega, o véu roxo azulado, que veste as noites e
que cobre o mundo nas noites, de pura beleza.

Respirei junto da terra,
pois já de peito aberto,
no carcere, no ápice,
Já não estou envolto da sua dor;
E então do pico do mundo, da verdade mais clara,
como filha do mesmo, assim como ele, feita de matéria,
a terra gentilmente me abraçou e
eu me joguei....
Foi o sono mais profundo.

Andrea Kirkovits






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