segunda-feira, 16 de abril de 2012

Prévio...





I


Como seria se não tivéssemos que tanger as palavras
sempre que quissesemos dizer o que não gostaríamos,
mas que para existir uma realidade clara, é necessário?


É minimno meu discernimento sobre o que gera o raciocinio alheio e,
eu sei disso como se fosse a respeito do meu entendimento!
O que imputa ao meu pensamento indiferença as pessoas,
é a hipocrisia! 
Mas eu não julgo, por que, vejam bem:
Hipocrisia é tão diferente de contradição,
como água e vinho!
E, creio que não é inteligente transformar um em outro,
ou mesmo camuflar um com o outro.


Seria então mais fácil poupar-se da maldade e calar-se,
calar-me!
E é assim que começa o circulo vicioso:
Eu me calo,

Tu se calas,
Ele se cala,
Ela se cala e
Nós nos calamos, enfim!


II


Tudo é silencio entre as paredes,
corredores e muitas pecuinhas na cozinha,
nas portas do fundo.
Terminam-se todos a serem sozinhos por não saberem

dizer em encontro a olhares, enfrentando as emoções e as verdades
de cada um, que gera a indiferença e incomodo!
O que nos falta são as palavras para dizer e expressar!


O que falta é coragem de assumir o que finge não se ver.
Como não vemos o amor, mas o sentimos.

Como não vemos a dor e também a sentimos.


E fato é que transparecemos em semblante e em alma
muito mais aquilo que não falamos e nos carrega,
nos rega de rancor.


III


Nós, todos humanos leigos,
oriundos de costumes arcaicos em tempos contemporâneos,
já desenvolvemos a fala; mas a pratica, cadê?


O que falta a esses almas, é um pouco de paz e equilíbrio.
O que falta é usar o olfato e cheirar uma flor,
poder com tato, beijar seu amor...
Com a dicção e gesticulação dizer o que sente.
Falta pouco, para se obter muito:
Paz espiritual e, é tão simples!


Nós sempre complicamos o simples,
muitas vezes estamos acostumados com a dificuldade,
por isso quando vamos conseguir algo com facilidade,
nós desconfiamos:
Somos tão leigos que as vezes o óbvio nos parece errado, dificultoso...


Precisamos, a partir daí, de um puco de confiança
em nossos instintos...
Como nos dias que olhamos pela janela e pensamos:
Vai chover (com certeza), mas não levamos o guarda chuva e
chegamos encharcados em casa.


Mas, sinceramente, o que é mesmo um pingo pra quem desde sempre, 
já está molhando?
E eu, sempre em meu estado de introspecção, observo da janela da minh'alma
o que quanto se perde e se ganha.




Andrea Kirkovits




"... E assim caminha a humanidade..." 
(8)'













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