segunda-feira, 23 de julho de 2012

Almejo.





























No anseio de que a chuva que cai despreocupada,
lave os receios, os pressentimentos do meu ser exausto.
Desejando apenas que passe, vá junto com o vento que varre as ruas
sem se dar conta... Naturalmente!
Eu, agora, não tenho nada de magia, não sou mística:
meu ser é de pura matéria, que deseja apenas uma coisa...
Sou matéria leiga e desprevenida!


Todos esses obstáculos pra quê?
Quero dizer:
minha vidas, que antecedem a essa,
passaram...
Queria eu ter quitado todas as dividas..
Mas divindade é milagre!
Sou uma matéria leiga.


Movida por um amor,
que igual eu não senti antes, e se sim,
não me recordo...
Mas a memória não me falharia ante verdade tão nítida e de
tal seriedade!


Alguém teria a ousadia de me dizer o que é
viver, se não amar!?
Amar, amar, amar: eu amo!


A vida tem me parecido ser uma entrega,
uma sociedade de dois!
Que já é tão grande...
Como poderia eu viver sem seus olhos,
iluminados por beleza,
que eu observaria por muito.
Sua luz que me cala facilmente.
O sorriso que me compensa seja lá o que for,
só por favor, seja...
Seja sempre minha!


Eu me antecedo aos fatos e vejo a chuva manchando
as imagens de minha infância,
as ruas da minha infância.
Quero deixar tudo e viver você e pra você!


Eu não sou divina,
Mas as preces são minhas mais sinceras falas.




Andrea Kirkovits

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