quinta-feira, 10 de abril de 2014

Rio

Os desvarios
vão dissipando o tempo em parcelas,
que ocasionalmente se tornam lembranças.
Um sorriso seu e eu fico feliz
durante todas as horas que couberem no infinito.

Quem dera eu, escrever algo com o qual muitos
se identificassem - mito.
Nada que seja tão belo
que alguém já não tenha escrito.

Quem dera eu, conseguir moldar um altar
com essas minhas palavras que se tornam
algo fugaz se meus delírios não de materializam.

Me reinam aqui as borboletas que
se agitam por causa de incertezas
e fazem cocegas.
E eu rio...
Rio de delírios,
rio de amor,
rio de auspícios.
Rio de mim.

Sei que sou terral:
meu elemento é o ar.
Sempre que vou,
não sei se é pra ficar.


Andrea Kirkovits








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