quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Me lembrar de você.


Vou de embalo na minha calmaria proposital,
daqui de muito longe,
posso não sentir a maresia iodada apalpando
meu olfato sensitivo,
mas é tão simples como fechar os olhos e
me lembrar do ritmo do mar...
Que me faz lembrar duplamente de suas singelas promessas também.

Penso na ressonância de nossos desejos óbvios,
Penso em como eles refletem no universo que pode
conspirar para o que não esperamos,
sempre tudo tem seus dois lados magistrais,
que vem de uma obra que antecede de outras vidas...
Então começo a pensar com silogismo ardil e
questiono: o que nos aguarda?
Seremos párias?

Mas ela para sempre sua dança gestual e me diz:
Você é tudo pra mim...
Me sinto ante isto muito resposavel,
por que eu nunca tive tudo e
tudo é tanta coisa!

Eu sempre voei,
sempre.
Mas agora se existe diferença,
é que eu tenho uma rota.
E como um passaro que sempre migra pra longe do inverno,
eu nunca o temi,
então meramente terei a oportunidade
de observar a mutacão do mundo
nos braços dela,
sempre macios, e cheirosos como uma flor.
E é no minimo glorioso saber que
terei flores no inverno.

E a verdade é que eu sempre
vou querer saber qual é a nossa verdade.
Mesmo se não for para sempre,
tenho a mais dolorosa e prazerosa certeza
de que serei feliz todos os dias de minha existencia
que lembrar de você,
do fogo claro, como se fosse prata,
em seus olhos,
é o brilho do amor!
Me contentarei irreparavelmente quando me
lembrar dos seus beijos que conseguem fundir
minha racional e cauculada existencia
nas incertezas e inconstancias do amor,
resultando nesse sabor descomunal.
Nunca me esquecerei da textura da pele tua,
da delicadeza que manuzeia as suas mãos.

É só fechar meus olhos e lembrar de tudo,
no fluxo da calmaria do mar..
Do mar que arrasta em suas profundezas seu pedido
de coração inocente.
E bem ai, na frente do mar,
que estarei sempre a te esperar.

Andrea kirkovits