domingo, 21 de julho de 2013

Move passos.

O que por vezes corrói é a mentira e,
diga se de passagem, a  falta de fé.
Fé é essencial...
Creio que todos precisam crer em algo,
como:
Uma música,
Um amor...
Uma momento.
Um Objetivo!?
Isso.

Objetivo fundindo com fé,
é o que move passos.

Aliás, momento é o que forma,
modela
algo a mais.

-

Estou aqui, na minha terra:
Passaros, cães, gatos e até patos!
Gosto deste cheiro de terra quando acordo,

-

E não tem muito o que dizer,
se quem lê sabe o que quero dizer.

Sintonia.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Ponteiro que roda o tempo.




















Sempre que se está mais próximo,
demora.
As horas infindavelmente se arrastam
no comboio
do tempo.

Escutei de bem longe,
como um eco,
o arrependimento.

E também nem de longe,
culpo.
Pois se a vida é de momento,
arrependimento
faz parte.

Quem não se arrepende?

Isto é um momento.

Arrepender-se de tudo,
não sei qual nome tem;

Momento.

Momento tal que compõe meu desgosto e
... Também me arrependo.

E se eu soubesse talvez fosse
sábia,
mas cá estou eu na roda
do tempo...

Que roda,
que muda,
inverte e
contrapõe...

Eu nada afirmo...
Como um enleio.

O tempo sempre é solução e nunca
tormento ou azedume.
Aprendi isto e depois que se aprende,
se releva.

Sempre haverá duvida e
os ponteiros que não
cessam.


Andrea Kirkovits




quinta-feira, 4 de julho de 2013

Estado de Ser





















Chuva que de gota em gota
empoça minh'alma.
É como as palavras que
podem definir o vento,
mas não existem elas neste.

P'la chuva via salpicar
a areia dos tempos, do destino,
do moinho de outrora, aurora.
Definha, sendo essa uma naturalidade
absurda, absorta, abusiva dos sentimentos.
É que definha sem percebermos.

Sinto a chuva e de repente,
como alguém que olha a
própria fotografia, pensa:
Envelheci.

A chuva me faz de açude,
permanente.

Está chegando,
deixe-me ir...
Tal risonha a escutar o canto,
um som que não sei quem canta:
se é a chuva, as arvores, os gnomos...
As asas das borboletas...
Quem sabe todos juntos.
Tal risonha com os olhos cerrados,
eu vou.

Estou simples, aérea, dinâmica,
absurda de vontade...
E tal tão risonha, que me foge...
Deixo voar.

Ser feliz, por minimo motivo,
é um estado exato e magnifico de ser.




Andrea Kirkovits