quinta-feira, 10 de abril de 2014

Rio

Os desvarios
vão dissipando o tempo em parcelas,
que ocasionalmente se tornam lembranças.
Um sorriso seu e eu fico feliz
durante todas as horas que couberem no infinito.

Quem dera eu, escrever algo com o qual muitos
se identificassem - mito.
Nada que seja tão belo
que alguém já não tenha escrito.

Quem dera eu, conseguir moldar um altar
com essas minhas palavras que se tornam
algo fugaz se meus delírios não de materializam.

Me reinam aqui as borboletas que
se agitam por causa de incertezas
e fazem cocegas.
E eu rio...
Rio de delírios,
rio de amor,
rio de auspícios.
Rio de mim.

Sei que sou terral:
meu elemento é o ar.
Sempre que vou,
não sei se é pra ficar.


Andrea Kirkovits








sábado, 5 de abril de 2014

Gracejo

Enquanto o "eu te amo" de la
vai se perdendo entre as linhas,
os papéis, as palavras, o verbo,
o imensurável,
os escritos
recados
pintados,
entre faróis - vermelho - batom: sem beijo,
entre os lençóis
e bocejos,
aqui do lado de cá
onde batem todos os dias,
o "eu te amo"
ganha voz.

06/04/2014 - Andrea Kirkovits

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Interrupção.

Papel, caneta e até você:
A fusão evaporou antes de si,
antes de ser!

"Olha a felicidade ali?
NÃO VIU?
Passou."

Pois é, meu irmão...
Os sonhos vem e vão!
Em vão?
Sei não.

Eu sou daquelas que rima
com a vida,
com a sina,
com as mina
e até com o que me parte
e se não fosse por um minuto a mais,
me findaria,
me findava
e o pior é que finda.

 Andrea Kirkovits

 Abril de 2014