domingo, 27 de fevereiro de 2011

Saudade...

Não tem mais gosto, caminhando alheia aos predios.
Observando tabacarias, parando num café, lembrando...
Lembra de alguma frase longinqua minha?
Ou dos lábios furiosos cantando algo sobre você, sem premissão, será!?
Não teve muito de fulgas,
Está aqui ainda,
Obsenvando vitrines de vintage a sua moda, desce as ruas desconhecidas,
com meninas sexys defilando em passarelas imaginárias,
sem saber ao certo do hoje! Mas,
Corre para quem quando queres contar o que conquistou,
o que aprendeu, e, o que viveu!?
Quando infla suas narinas, sentindo o cheiro da chuva,
esfriando a calçada da tua rua,
O que te lembra?!
EU, me lembro de você...
Tão fácil, como se fosse o correto!
Desarrojando o peito habil.
Devassando pelo tempo que se foi,
como se ainda fosse..
Não há displicencia, nem indiferença...
Sou aquela sua amiga, que diz " mais uma vez, amar sozinha ".
Sou aquela sua amiga, que já contou assim:
" Do mundo ela não me escapa"...
Você sabe o que te digo.
E os momentos languidos, foram
traçados pela nossa volupia,
pelo impulso da vontade!
E agora o que se tem em mãos?
Dedos vazios?
Sem motivos para serem...
Além destepalavras que lhe escrevo!
Vou dizer, nesta cronica só:
Quero teu café, quero teu brilho jovial, de menina moça...
Quero a meiguice dos teus olhos pra mim, mais uma vez assim.
Quero teus sorrios efusivos e tão intimos!
Quero você em todos os corredores, todas as ruas,
Agora, eu quero você nos finais.
Eu quero você, observando as chuva que lambe o mundo,
que rege minha saudade assisdua.


Andrea Kirkovits


" Eu só sei que quero você pertinho de mim.. " (8)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Houve um amor, na hipótese do fato mais abstrato,
mas esse fato, foi consumado,
consumido,
talvez até abduzido.
Houve tanto amor, na verdade,
que pensaram ser besteira, daqueles de verão,
eu pensei que fosse mentira,
mas os pares estavam formados,
os dados jogados,
cartas translúcidas foram depositadas nas gavetas
de minha memoria...

E aquela folha, continua seca em uma comoda,
empoeirada, fosca! Morrom, cor daqueles olhos.
Com virtudes escritas em seu auto relevo,
no esqueleto da natureza...
Falha na moldura.

A primavera que me foi dada,
enfeita o espelho do oficio,
mas é inacreditável o marasmo em que foi se parar...
Mas houve amor ali,
mas talvez,
houvesse sol demais...
Flores secam assim, e,
outros ficam cegos!
E o que sobra,
são unidades separadas,
os jardins delapidados,
de uma flor só!

Pra variar,
o costume de amar sozinhos.
Por seu achar nada empírico...
Esqueceu de ouvir o farfalhar,
das folhas lhe tocando a canção certa!
Mas, neste cenário par partido,
sobram os planetas,
que se agruparam nos gametas,
de uma conspiração!
Seria nossa, toda a contradição?
O Sol, ele cega.
E o chapéu de festa, berra..
Os doces iludem,
as contorções das mesma palavra,
marcham,
em direção de onde?
Faiscas matinais.


Andrea Kirkovits


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Relato.


Eu sai desses locais abafados,
Meus Deus, como eu precisava respirar...
Com toda aquele fumaça interferindo a minha frequência, já delinear!
Sentei num dos bancos que desenham a avenida,
olhei para a Heineken dela,
e ouvi dizer se queria acompanhar!
Olhei seu caderno com letras descoformes,
Eu perguntei o que era aquilo preenchendo as linhas,
e, ouvi ela dizer que eram cronicas,
eram as cronicas de uma vida só...
Observei um pouco,
e senti que além das palavras,
necessitava da cortina do seu quarto, no embalo do vento do ventilador,
só para me acalmar, me deitar no chão do seu quarto,
com aquele incenso de patchouli que só ele tem.
Nesse tarde, de noites sucintas,
me tornei até mesmos os signos,
querendo previsões corretas sobre nós!
Algo plano, uma cama talvez...
Como recortar uma cena do tempo,
preenchendo seu ' layout ' como eu quiser,
desenhando, nas minhas manobras de insensatez!
Rebuscando previsões inexatas sobre nós!
Libra da astrologia... essa calma nostalgia!
Eu cheguei a procurar nossos reflexos difusos nas vitrines da cidade que se deixará,
sempre deixa,
e fica onde quer estar,
a mente é assim, não bastam proporções de massas corretas,
ou até mesmo espelhos que refletem para seus olhos o que você pensa que de fato existe,
Pois o estar, pode ser em simplesmente pensar!
Pensei que poderia ter sobre nós algumas previsões exatas...
Mas não passou do marasmo incendiado pelo incenso,
e eu deitada naquele chão ouvindo o arfar do seu peito já queimado de tanto em cima de mim sambar,
estando tão longe, quando na verdade mais perto está,
e eu quis mais,
por isso resolvi fechar os olhos e pensar!
E por mais que eu queira, flor, você sabe que eu falo de você, mesmo com todo o rodeio relatado,
não vai ser assim, de mãos dadas e perto quanto se quer no mesmo lugar...
Observei a cortina acariciando a parede do quarto, até apagar.
Depois, como estava restando só a bituca,
resolvi abriri a cortina,
protegida pelo vidro que já estava embaçado, e respingado das gotas
da tarde tempostuosa que já te avistava,
mas ela me conhece,
passei um batom vermelho,
e disse ao meu prefácio com a Heineken na mão:
- Sorria querida, por que hoje você será intrevistada!

Andrea Kirkovits