quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Pecaço de Terra.


As aptidões a serem resguardadas,
treinadas, refinadas!
Adaptadas as inconstâncias diárias,
dos sorrisos noturnos e
nas lágrimas matinais!
A fragancia da sapiência nos
fios de pensamentos!

Tudo por um fio;
Os membros inferiores e
superiores.
O crânio rachando,
se lapidando por si só!
Se aniquilando nas entrelinhas de cauculos
matemáticos.

Estudos de nossas origens,
com vários nomes antecedendo os séculos!
Filosofia; Ser ou não ser?!?
Sociologia; Temos mesmo que formar sociedade?
Antropologia; Temos já padrões de costumes,
de crenças?
E onde entra a essência de cada pessoa
nesta tempestade de conceitos?

Todas as nações,
supondo compreenções!
Umas sugando alma,
outras dinheiro!
E outras ainda,
com a maior voracidade,
sugando a alma,
o dinheiro, e,
o coração!

Não vi minha terra,
minha nação nascer,
desde sempre vejo-a coberta pelo véu verde!
banhada pelo ouro mais amarelo do sol,
que dá vida!
Não vi a origem do nossa mar,
mas sei que essa imensidão azul que
solenemente reflete o céu,
dá vida aos que nos alimenta.
Eu não contei as estrelas todas do nosso céu!
Mas tudo isso se reflete em nossa bandeira!
Oh, Brasil!

Esse tão aclamado,
aquele tão sonhado!
Esse vislumbrado...

Deito-me no chão desta bandeira,
da pátria amada!
Envolvo-me em seu verde!
Eu não vi o mundo dar origem ao meu!
Não me atrevo,
não ouso julgar nada destas cores
tatuadas na pátria!

Eu não falo,
Oh Brasil!
Mas tem muita coisa que penso e sinto em cima
de sua grandeza,e,
que nem se sonha!
E que mais: vai além da sapiência!
Este livro histórico ainda não foi findado,
e que muita ainda falta,
quanto a isso se tem uma exacerbada certeza!

E que, existem também, ainda,
uma pequena borboleta de esperanças batendo suas asas,
tentando secar o mar de incertezas, e,
com as asas,
regar de mais convicção
esse pedaço glorioso de terra!

Andrea Kikovits

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Alma de Criança.


Nós compomos de baixo de chuvas.
Que por mais escura que sejam as noites,
Eu sei que por trás de nuvens pesadas
está a lua pairando sobre nossas almas!
Que berram a vontade de para sempre ser criança.

Nós compomos como os gatos que ficam
nos muros,
tão atentos a observar cada movimento.
Atentos a relances,
às vertigens que são causadas pelo brilho
de nossas vidas!
Simplesmente estonteante tê-la.

Andamos nessas florestas,
em que cada árvore coresponde a uma doce
fantasia de criança,
de vontade maliciosa de aprontar!

Soltar nossa pipa nos céus de inocência!
Soltar nossas risadas sobre os vários mundos
que existem na alma de quem ama!
Soltar piões coloridos,
os vendo rodopiar explendorosamente
em sua simplicidade!
Em sua felicidade provocada.

Como a simplicidade de um beijo,
de um olhar!
Do olhar meigo,
com as pulipas de lua...
Que já não chora mais essa prata purpura!
Ai está a graça dos vários mundos!
De todos os sentidos!
Precisamos mais da malícia de crianças!

Nos contentamos com um pouco menos;
maravilhados com o ressonar das asas da
borboleta voando.
Agredecidos desde já pelas lágrimas que escorrem
nas telhas de minha casa,
com a chuva revigorando a alma da criança!
Agradecido por essas lágrimas não serem mais internas,
doce criança!


Andrea Kirkovits

sábado, 11 de dezembro de 2010

Flor do Deserto!


Egocêntricas icognitas pairando

sobre meu ser!

E esse tempo que escorre,

segundo por segundo...

Com pares de olhos serenamente

anciosos,

à observar o minuto que deseja e que

parece nunca chegar!


As mãos que contornam e se

esquecem dos traços delineados

na mente do artista!

Elas prorrogam um coquitel de emoções,

servidos de risadas, gargalhadas!

E icognitas temporais!


Precisa-se de artifícios astuciosos

para definir todo o retrato...

Não consegue ver de maneira pura

amor pulsante...


Pode dar mais um passo e vender o cérebro barato!

Pois meu ser tem dançado de forma que

lhe transtorna,

transforma com

icognitas temporais,

abissais!

Onde a redenção vem facilmente!


Somos flor num deserto...

E suas icognitas podem ser miragens,

senhor cactos!

Que é tão mais fácil,

essa natureza humana vulnerável crer no que

lhe parece conveniente!

Mas essa agua é uma alucinação,

que corta a garganta e

lhe parte o coração!


Essas icognitas temporais,

hão de passar...

O tempo passa, amor!

E seremos livres dentro dessa existencialidade!

Icognitas podem se desfazer

ao léu do tempo.

E, somos flor num deserto!

Especies raras..


Andrea Kirkovits






quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O calor destes dias que me seguiram,
já arde nos poros do meu corpo..
Já faz as flores exalarem perfumes, rastos...

Destas inconstacias de peças teatrais,
já poupei-me dos finais desnecessários!
Decipei-me destas emoções infâmias.
Decepei a vontade de recitar pra um só...

Quantas vezes já foram fechados os olhos
para se enxergar melhor!?
Ou mesmo para sentir melhor!?
Esse rastro de flores,
de presságios passageiros.

Das inebriantes lembranças,
que de tão contagiantes,
me soam como um cheiro verde;
Na paisagem que cobre minhas pálpebras,
que já comprimidas por não crer em
realidade tão antagónica...
Real embutido no surreal,
é a matéria regida mela mente,
real e surreal!

De olhos fechados pra não deixar nada passar!
Observar as frequências dos ares,
me sentir ultrapassando a linha do equador...
Ultrapassando,
Transpassando!

Introspecção;
Que de olhos fechados, me vêm a tona
todo aquele mundo que desaba de minha imaginação...
Encostando a alma em precipicios,
vamps fechar os olhos para ser mais rapido.

Andrea Kirkovits

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010


Essas fontes de tintas,
de todos os tons que definem
a visam de nossos olhos,

Que provavelmente,
nem se quer enxergam ou enxergará um dia,
a exatidão real da dignidade
dessas cores.

Partículas incontavéis de vida!

Vai saindo por esse mundo e
observando todas as cores,
Algumas que eu nunca, jamais vi e
quando as encontro no caminho,
sento plena e observo o esplendor natural e descomunal
numa simples cor normal.

São cores sem nomes!

Cores de sentimentos,
cor de um sentimento!

Cores que ainda não se decidiram, em mutação.
Cores que não se decidem entre verde musgo,
no ápice da sua umidez,
cor que pende para um marrom de troncos vivos,
de pedras fortes.

A cor dos olhos teus.

Cor que nunca encontrarei no caminho...
Cores que seguem num moinho
pregressivo de tons efusivos.

Cores que não sei de onde nem e quem.

Um milhão de partículas coloridas,
Numa imensidão tão certa,
de cores tão sublimes divididas em escalas absolutas;
DNA?
Gene de genética que não virá.

Cores que ninguém pintou!
Cores que nenhuma flor brotou.

Cor da nascente da vida,
com uma gota explendida de
aquarela delicada de amor!

Da arte digna,
de todo o contexto das cores que misturadas
em tinta a óleo,
e que nunca mais se faz outra vez.

Cor do Infinito!

Um milhão de gotículas juntas no pó da via láctea,
Que juntos contemplamos,
sentados na exatidão de uma pedra
de tons tão rígidos,
de uma céu de florestas com frestas de imaginação.

Pensamos na vida,
Nas cores de toda uma vida,
Que se perde, que não chega!
Que não observará o esplendor de cores dessa vida!


Andrea Kirkovits

domingo, 5 de dezembro de 2010

Asas No Céu.



Percebe-se o ar de nuvens tortas,
com borboletas palpitantes,
de direções que almejam,
e, extraordinariamente, elas me pedem
para que haja comunicação...
Elas berram na doçura do suposto algodão.

Sussurram sobre aventuras
de desenhos animados,
personagens imaginários
empilhados em guerras civis.

E mais esse dia, que se passa como os outros,
com esse céu leitoso de rosa,
como rosas que compõem buques dados
aqueles tiranos que regem o covil civil.

Nesses lençóis em queda a baixo,
com o mesmo ressonar das asas das borboletas.
Repare os singelos pontos finais.

Andrea Kirkovits e
Thiago Pires.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cevada.





Esses sabores, que degustam minha boca,
que são em sua salobra tão convidativas.
Faz escorrer de delicias num rio
em cima das costas, o mundo
das maravilhas,
nos permitindo flutuar
sob essa nuvem de
pétalas de flores
de todas as cores,
aflorando nossos
mais remotos instintos,
nos fazendo prosear
sobre fantasias gostosas,
nas constâncias sem ''birra''.

Um dia a lucrar,
de tão sedenta,
saliva-me em seu ardor,
de fazer desejar todo
seu mais surreal prazer,
fazendo do seu, o nosso..
e por assim ser,
existimos na mais rara sintonia nas entrelinhas,
onde acontece nossa pomposa troca de conhecimento.
Loucura não imaginar,
imaginando;
Pedimos o sabor sem virgula no alge das brilhantes
cevadas.


Andrea Kirkovits e
Thiago Pires

domingo, 28 de novembro de 2010

Rua de Amigos.


As sobre-linhas sobre postas
nas minhas costas,
pesam no arfar,
no fazer,
no dizer..
Em simplesmente estar,
nessas ruas com você,
de ruas de amigo.

Todas as suas duvidas de reticencias,
elas não vão me parar,
quem me dera um dia poupar!

Meu amigo,
sente-se que vou lhe falar:

Que aqui nesse bar,
quantas vezes chegamos a nos embriagar,
de doses doces,
de doses de caretas...
Vamos tomar um café,
que de outrora lhe prometi.
Me atrasei,
me confundi!

Vamos olhar as reticências nas nuvens
embriagadas de vários pares de olhos,
à também observar;
Talvez procurando respostas pra nós,
ou, talvez divertindo os olhos!
Com os dragões que ali se desenham,
pronto para nos levar daqui para lá, e,
de lá, nos levar num ápice de frenesi,
com 'Nosferato' de sua imaginação,
nocivo.

Vamos pular esses dias que nos vem,
até nos cansar!
Mirando vertigens,
Colorindo nossos dias virgens,
na cidade de milagres da alma!
Que de nossa audácia fazemos aqueles
passageiros se encantarem com as ruas,
que à muito já,
também são passageiras,
de acordo com nossos passos e
que elas acompanham.

A nossa rua de amigos,
vai sempre estar.
Se estendendo por mundos,
quebrando mausoléu...
Pois nunca enterraremos esse sentimento,
de viver em cidade grande, pequena, média, outra dimensão!
Sobreviveremos nas ruas claras ou escuras,
De jurar amor mesmo dentro da solidão!

Uma menina louca, de doces devaneios.
E, um menino de comédia,
sem medo de pintar o nariz,
e ser mais, muito mais que feliz.
Satirizando até mesmo sua dor...
Não teremos medo de torpor.
Somos assim, nessas ruas de amigos.

Andrea Kirkovits

Onda Salgada

Meu canto não é de dor,
Não é de saudade,
Não é de mais nada

além da felicidade que te escapa.

Aquela felicidade vem até mim,
pela onda desses mares,
Iodados.
Salgada é essa felicidade
quando a sinto na língua,
Assídua demais,
ela corta.

Esses feixes de luz,
dando entrada ao sol
da aurora que vivi,
que anuncia a sua chegada, e,
que você tenta tampar com a peneira,
se concentrando nas falhas apenas.

Esquecendo assim a vil galopada,
Fazendo de rédeas,
meu amor de galopada!
Minhas asas assim,
ficam a mil entristecida!

Se assim,
com essas ondas
salgadas,
Você vai afogando meu amor de galopada.

Andrea Kirkovits

domingo, 21 de novembro de 2010

Carmelita.


Contei a lua:
Que esse amor que eu não sei de que,
Tem sido de expressões difíceis!
Árduas de paralisar,
de me fazer desacreditar...
Meu amor, parece que não caibo na tua
imensidão..

Dei-te um beijo nas tranças,
para acalmar..
Bem que a Carmelita me disse,
que isso não ia o sossegar!

Larga esse seu sistema majoritário de me amar.

Carmelita me disse que eu preciso
de férias para amar...
Preciso de uma imensidão,
vezes o infinito,
pra eu te encaixar...

Meu amor, você sabe que eu
quero estar com você, quando precisar...
Quando estiver escuro,
e, mesmo que com tua astucia,
você não saiba pra onde vai!
Quero no final do caminho estar a te esperar!
De qualquer forma,
a dama da noite há de nos iluminar,
nunca falhou e nem há de falhar!

Carmelita me serviu de uns cafés de outrora,
com doses de magnitude de sua existência,
com uns pingados prateados na xícara,
de estrelas cadentes pra me contentar...
Esses cafés de outrora, me faz pensar!
Fiquei tantas noites estendidas na terra a te ouvir e admirar!
Oh, Carmelita!

Disse-me ela, que não sabe como esse amor não me apavora!
Ela falou-me,
aquela criança divina,
com a testa fincada em rugas
de preocupação:
Sou mãe das mulheres,
minha filha, e, me diga,
quanto tempo de rédeas e pressão ainda lhe
são cabiveis no peito, e, no seu cálice de vida jovem?

Dei um beijo nas tranças de Carmelita, e,
tão desnorteada, não sabia a resposta vã, mas lhe disse:
Lua, lua, lua! Já disse que um dia meus fardos hão de
se cansar, e ai, é com você que eu vou querer me casar!
Quanto ao menino de amor faminto,
e do meu amor sem pressa?
Disso eu não sei não Lua,
Jogue me suas tranças, ou,
eu me jogo de vez na lucidez desse amor de embriagues!
Dessa vida sobre terras concretas...

Carmelita,
Carmelitinha...
Prateada, serena...
Dei-te um beijo nas tranças,
respeitoso...
E fui-me embora!
Esperando a próxima chance de observar.

Andrea Kirkovits

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Recanto.


No mais, parecia-lhe estar desvencilhando..
Mas, no mais, será apenas mais um feriado desses,
sem meu amor,
como tantos,
como muitos e muitas.

É mesmo de se perder naquele marrom,
da sua íris de topázio, muito nítidos,
onde me crusificam esse amor.

Que aqui no meu canto,
onde o recanto,
perde todo o encanto,
se ele não vêm ao meu encontro.

Quem vai desarrumar minha cama,
minhas cobertas que vazias ferem,
quem vai me perguntar sobre os livros,
do velho,
do novo.
Quem vai ouvir meu discurso extenso,
sobre esse mundo que vivemos?
Quem vai me dar o peito pra deitar,
enquanto a chuva lambe esse mundo,
longe do meu canto,
meu recanto,
que sem você,
só sobra pranto...

Pranto pelos dias que nem vieram..
Por que a minha saudade,
já se fez...
Mesmo no meu sono,
mesmo na minha distancia tropega!
Mas você já estava tão bem simulado em
meus pensamentos.
E é a mesma saudade que eu imagino
rondar sua sombra.

Faz assim:
Vem logo pra mim,
que eu quero você aqui,
ali,
em todos os lugares,
para que onde eu olhar,
ou pensar em ir,
possa te encontrar,
tropeçar em você,
cair em cima de você...
Brincar de ser feliz.
Nesses bosques que se seguem,
de borboletas, flores de amor,
essecias nossas...

Meu amor,
vou lhe confessar:
Você me ganhou..
Agora, eu quero você!
Quero seus par de topázios achocolatados,
onde sua íris brilha.
Quero suas flores,
sua essencia,
sua pureza,
seu recanto se encaixando no meu canto..
Quero tudo,
sem deixar passar nenhum detalhe,
caminhando por entre esse bosque magico que
segue em nossa frente.

Quero me apoiar na beira dos lagos,
e ver nosso reflexo, num só.
Pois assim será.

Andrea Kirkovits

sábado, 6 de novembro de 2010


Esses dias selvagens,
preenchidos de uns tempos pra cá por você,
tem sido ofensivos.
Ofensivos no sentido de sentimentos tão reais,
Que machucam essa minha imensidão,
Que se aflora num turbilhão de fogos de artifícios,
Que saem de seus olhos,
Clareando o quarto escuro
em cores tão efusivas de prazer.

Eu não gozarei de minha vitória,
pois sei bem que ainda existe desconfiança,
daquele que me promete mundos,
nos rastros de quem és.

Sou tão inédita na sua vida!
E esses lábios rachados,
o que mais poderiam querer se não
a saliva derretendo o veneno,
que eu bebo se for preciso pra ele sobreviver dentro
desse meu furação,
que eu sei que é onde ficas a mercê.
Que eu sei que tal veneno,
é seu começo e meu fim!
Pois bem, meu bem,
Viveremos dentro do meio.


Somos tão de carne e osso,
Somos tão humanos!
Somos feitos do pó que restou de todo o caos,
Cheios de alma,
Tão cheios de vida,
Tão humano,
E de tão humana que eu sou,
me esqueço de que posso machucar com tanta facilidade e
ele chora, nas duvidas contingentes.

Desculpa, meu amor.
Meu coração é tão ignorante,
parece ser tão leigo.

Olha aqui, escuta bem.
Pega todo meu apego.
Que de longe já sinto essa brisa,
que me trás seu cheiro de amor.
Não chore, meu amor.
Esse mar da tua alma, não tem a necessidade de secar.

Não quero lagrimas de desgosto,
quero teus fogos de artificio que
vem depois de todo aquele caos,
que você sabe tão bem...

E se sabes que me coração tem sido assim,
tão leigo, tão indomavel.
Ensineo, molde-o pelas suas mãos talentosas,
que exalam os poemas.
Ensine meu coração ignorante,
Ensineo a florescer mais e
sempre muito mais,
como se nunca fosse lhe bastar.

Andrea Kirkovits.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Diálogo.

O 'Pater Familias', desce de seu trono oco e me pergunta:
- Onde está seu amor, você já o dispençou?

Eu pensei bem, menusiosamente bem e lhe disse surpresa:
- Quem derá se fosse assim com os amores, que apenas dispensamos,
depois tudo bem, mas veja bem, meu amor está entre o céu e a terra,
que agora, já não teme desse mundo a Fera.

O 'Pater Familias' dentro todo seu poder me disse incabulado:
- Disso eu não sei, eu se quer um dia já amei, e as flores em meu jardim já estão velhas.

Mais incabulada lhe disse:
- O amor é assim, de graça, você está acostumado com as trocas de poder,
mas o amor não é competição, olha, sei que aquela velha moça que governa Vênus do seu Universo,
ainda está acorrentada na sua sanidade. Vêm meu velho, que eu te dou meu apoio para seu amor descançar,
e o meu, está já a me esperar.

Os olhos de lápides, eu os vi fehar.

Andrea Kirkovits.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Cadê Meu Bem?


Dentre as noites taciturnas,
sem meu bem, tão tênue.
Precisando das minhas mãos
para fazê-lo dormir.

Prescrutando meus dias rubicundos,
descobrindo os outros corações,
debaixo de todo o baralho.

Cadê meu bem?
De jaez ele vêm?

É ígneo do fogo esse amor,
que roubou a novela do cotidiano,
de Bela desencantada.

Descendo ao meu porão,
vasculhando meu passado
banhado em rubicundos dias,

Cadê meu bem?
De que jaez ele vêm?
Motanhas de ilusões talvez.

Está se perdendo em meu passado,
querendo saber quem já fui, já foi,
que não sou mais aquele velho,
que na luz prateada e abstrata do espelho se refletia,
Lá no meu porão, onde a Fera também se esquecia.

Cadê meu bem?
De que jaez ele vêm?

Estás dilapidando a Bela,
com suas garras que me fogem a essa esfera,
Ímplicita!
Não tente prender,
assim você me perde,
e eu perco você.

Meu bem está esvaindo seu plácido ser,
nas minhas cartas com sonetos de
amores passados.
E esquecerá de mim,
em sua frenesi de controlar o que ainda nem sou,
contornando teias de aranha em meu porão.

Esquecendo de polir esse meu coração
de madre pérola,
minha herança de você,
desse jeito assim, será uma flor.
A pérola do fundo do mar,
Sendo a imensidão de azul,
pouco para equivaler a essa lagrima
que agora cisma em escorrer.

Quero meu ardiloso amor,
Cadê meu bem?
De que jaez ele vêm?

Vêm duma fase arcaica,
que prefere porões.


Andrea Kirkovits

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Paródia do Meio Dia!

Passando do dia normal ao que eu menos esperava,
de surpresa em plena metade do dia,
não, não! Nem isso era,
ainda o sol floria,eram meio dia.
Já logo ai, me surpreendia, ao esmagar um coração, sem noção.
Como se eu ainda não tivesse um dia todo para sobreviver,
uma avenida inteira para percorrer, sem deixar a menor fagulha
do incêndio transparecer, com o coração na boca, como aquele jogo de maçãs em que você não as pode deixar cair no chão, tendo que manter todo equilibrio! QUANTA ironia, mas isso é bem tipico de librianos, esse equilibrio inesgotavel, de dor que mesmo já sentida, no cenário dessa paródia, não é permitida.
Mas se não tenho 'aquilolá', mesmo assim está tudo guardado em mares, areias que desenham nomes,
está tudo guardado em pedras, como se fez e se faz esse momento!
Já logo de cara, não querendo me deparar com um espelho,
se a expressão ali, depois do meio dia já se é presumida,
lacrimejando desamor, desgosto, desencontros..
Tá que tem muito drama ai em cima,
mas depois do meio dia, com o sol fazendo a flor não regada murchar,
poderia ser menos dramático do que isso?
Talvez uma paródia! ISSO! Exatamente isso,
é uma paródia de amor, meu grande amor.
Mas não vamos de longe nos queixar, afinal sou até capaz de mesmo sem saber, sambar em cima de nossas frases de clichê, sem mesmo perceber o quanto as deforma,
o quanto para a atriz principal, dessa paródia não tem nem forma.
E é tão natural esse ciclo idiota, que até assusta, tendo certeza que meu ponto final, sempre será um poema de menina compulsiva, louca de vontade de você amigo, dela, a menina dos sonhos, dele, o menino cupido de amor em meu peito desinibido.
Passaram-se cinco minutos depois de meio dia e esta TUDO completamente IGUAL, quase tanto, como se isso fosse mesmo normal...E falar do normal até que me faria esquecer, ver passar mais cinco minutos, pra depois chorar até o outro amanhecer, em total extasie, no peito liso do beija-flor, AÍ desse meu amor.
Ouvindo as musicas tristes, tão tristinhas, mas não as ouvi para chorar,
tipo derramar todo o desespero, foi só para me confortar, ao saber que alguém já sofreu também,
ao ponto de colocar melodia em sua dor, ao ponto de sentir mais que eu o que já conhecemos, a dor de um amor... com um fone no ouvido, totalmente dispersa da realidade futura, só com a que tinha passado, PASSADO. Rendendo egos, vontades minha, de caprichos de volupia, de um gosto peculiar a luxuria, se aflorando com musicas além do que se vê, que por mais que eu não saiba dedilhar as notas, posso as entender;
Tá aí a questão, daquele dia sobre areias finas, construindo castelos mais faceis de se destruir, contemplando expressões suas, tão tímidas, apoiando-se no seu violão, seu refugio, seu pão; tocando a musica que eu dizia bem baixinho gostar!
Paródia do meio dia, revestida de lembranças tão assiduas, como se eu fosse uma SUPER-MULHER, capaz de suportar qualquer coisa, depois de tantas outras milhões e milhões de cenas infâmias, passando pela minha mente como se fosse um filme de extremo sucesso, com a atriz principal, desprezando o tapete vermelho.
Como se eu tivesse um peito de ferro e ainda fosse capaz de prever o futuro, UHUM, e o Papai Noel vai descer pela minha chaminé e dar 'aquilolá' de presente pra mim, até parece!; irônia MAIS uma vez! Sarcasmo outra vez, desse destininho abusado que cisma em se meter em meus caminhos, em minhas avenidas, mas ele não sabe que eu aproveito mesmo tudo,
pode ser uma ópera ou uma satira de amor,
pode ser até o que nesse dia me doeu, na paródia do meio dia!


Andrea Kirkovits.

domingo, 24 de outubro de 2010

Menina Invisível.




Será invisível assim esse meu coração,
que de volúpia se faz!?
Que se fez.
Diz pra mim se ainda confere minhas linhas,
que as vezes sofre,
noutras lembra de você e
por infinitos incontáveis,
chama por você!

Talvez,
apenas um Talvez,
seja o que possa comprovar que
aquele retrato ficou esquecido na moldura da memoria.
Meu coração ficou invisível aos olhos de faiscas!
Tão invisível, que o infalível foi pouco;
Roubando a vida da menina.

Deixando flores moldadas pelas mãos sem tato.
Apurando o olfato que se instigava por afago.
Querendo crer mais, para poder te adivinhar.
A menina invisível que existe ainda em seus sonhos,
a que roubaram a vida dela, da tua,
encaixando-a numa outra.
Nesse mundo cruel.

A menina,
A tua pluma,
se transformou na queda, como uma pedra.

Existindo por intermédios,
se transformando nos seus mais cruéis deletérios.
Existindo por frases sentimentais,
que desembarcam de qual vagão?
Sobrevivendo como uma flagelada,
que se faz no ato do seu flagelamento.
Mas a menina,
ela é invisível,
seu coração também.
Então a culpa é de quem?

Escuta a voz que não existe,
que ela te dará a resposta,
como uma chamado dessa vida que não entendemos.
O erro todo foi querer amar eternamente.

Pincipe,
Princesa que não existe,
que se fez invisível!

Amaciando ainda o lado esquerdo da cama,
roubando suas metades de noites,
de sua face, retorcendo em lábios sem som,
molhados de desamor,
por ainda ocupar e moldar a escultura de sua vida.
Regando a flor com os orvalhos,
de lágrimas de sal,
invisíveis;
Mas que gotejam em suas feridas e ainda
as ardem tanto.

Ser invisível é a única forma
que a menina encontrou de ainda viver em você!
Nos sonhos,
no ócio.
Nas mãos que não existem,
mas que tocam até seus ossos,
que rangem pelo tédio de não a ter.

Esse meu coração invisível, inexistente.
Intermédios.

Perceba que não há mascaras,
Nem face quebrada, na metade.
Não há mais dor, de tão atonita!
Não possibilidade de continuar, se sendo invisível.
Não há...
Não há...
Não há mais nada,
Se invisível, suas mãos me atravessam,
Se um coração sem cor, nada mais confessa.
Não há mais nada,
Menina Invisível...
Só o torpor de não existir e que
por não ter forma,
não poder coincidir.

Andrea Kirkovits








sexta-feira, 22 de outubro de 2010






Esse mar de insensatez,
vem trazendo autopsias ,
averiguações de momentos que
nem se quer já vivemos.

Esperei até amanhecer,
mais uma alvorada nesse meu viver,
de só apodrecer.
Pensando nas relíquias de um amor,
do sabor do vento,
que trás junto a nostalgia de você.

Que nesses dias de tardes cheias,
dos céus que se fazem roxos e cinzas,
me sento ausente de tudo,
me coloco a ponderar as regalias dessa fantasia,
dessa paixão inebriante,
em que eu também posso amar sozinha,
vindo me a pergunta:
E ele, amarias sozinho?
Sem sem pluma, sem pena,
sem asas pra imaginação?
de combustível para seus poemas,
as vezes na contra mão.

Quebrando rimas ao meio,
flutuando sobre as suas notas de louvor.
Seus fetiches, suas manias, suas alegrias;
Tudo isso cabe em mim,
nessa imensidão de alma,
que atirada desde já em minha existência,
não sei dizer se tem fim.

E eu, como qualquer mulher de
sangue quente,
me deleito com seu amor por mim,
esquecendo por uma fração infinita,
do meu vicio de folia,
da minha essência de espírito não menos que livre.
Aprofundando-me em seu ser,
mas sem chegar ao ponto de minhas alegrias
externas esquecer;
Essas ilusões especiais.

E eu tenho cantado todas as tardes e noites,
ninando meu amanhecer.
Me sentindo dopada, estando sóbria.
Vendo as horas de minha vida escorrendo,
as fazendo valer...
Em cada minuto, que do dia ainda irá correr.
Nesse imensidão imensurável,
de vontade de viver.

Das árvores que perdem as folhas,
como quem gasta seu valioso vocabulário!
Cada palavra com seu belo efeito,
até que não me restam mais hiatos de expressão,
somente esse meu olhar de fazer enrubescer.
Somente a certeza de ser filha pródiga do Amor.
Perdendo um pouco da minha religião,
sem nome, que vem da sociedade de deletérios.

Prefiro esse amor de mistério,
de estações e vibrações.
Prefiro esse mar de emoções oscilando,
assim como vem as estações.
Na autopsias de cada folha para palavras usadas,
de agradecimento a essas árvores,
que gentilmente me fazem a sombra,
de proteção a essa paixão.
Que mesmo em seus dias mais pálidos,
não deixam de demonstrar grandeza e
compaixão a seus habitantes irracionais,
a se encostar em seu tronco,
a pensar por simplesmente amar.


Andrea Kirkovits

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Essa doença que vai de lado a lado,
corroendo minha sanidade.
A cabeça pesa a ponto de eu ter preguiça
de pensar na realidade e as ponderações.
Pensar naqueles momentos alivia um pouca
as tensões ,
lembrar do sorriso grande,
faz pensar
que pode ser mais fácil do que essa
dor de cabeça incessante.
Talvez eu não seja assim tão boa;
Uma flor de cactos!
Impressionaste o peso de uma semana.
E que para tal satisfação, aquela rota foi perdida,
Quanto medo mesclado com amor.
E os jardins da Babilónia,
quero suas flores de polens cristalinos,
para deixar menos pesada essa realidade.
Quero aquela paz que rejuvenesce e
mais que tudo, quero apenas a profundeza de minha cama.
Voltam as utopias,
meus mais ternos 'bom dia',
sem resposta que reconforta!
Minhas narinas estão prestes a ultrapassar um pouco
o limite,
começa a tentar farejar aquele cheiro,
tão amadeirado, inconfundível.
Se eu me esticar mais alcanço seu pescoço,
seu peito, seus segredos, seu amor, muito mais pra mim.
Floresce sua amada floresta,
que vem ai a nossa primavera,
de fogos em foco.
Desamordaçe o grito que pode estar
no beco da sua alma.
Floresce, por que minha semente,
pelas pétalas magicas de cores que eu não conheço,
me berram que já desabrocharam.
Minhas flores iluminam essa estação,
com seus arco íris de oito cores.
Uma flor para cada estação.
Andrea Kirkovits