quinta-feira, 27 de março de 2014

Fim de Março.

Há um ponto que é vital
bem no centro dessas vias
improváveis,
respiração.

Me tiraram o terno,
me despi da ação:
sem respiração,
pontuação...

E fica um grito sendo sussurrado
bem no pé do seu ouvido
e ele fica insistindo
ou vindo.

No que me exige
não há se quer regozijo,
e o que mata o coração
é saber que "não há".
No ponto vital, não há.

Lhe disse que seus ledices
me são fundamentais...
Infinito cabe nos olhos.

Mas mais:
Eu vou assim,
vou sem mim.
Vou sem fim.

Que a autenticidade
está em ser feliz
sem
motivos
de o
ser.

Andrea Kirkovits

Março de 2014.