domingo, 29 de abril de 2012
Quimera
Noite de sonhos,
cabelos desinibidamente soltos.
Havia uma vontade de se transfigurar:
Tornar-se quimera..
Mulher e afrodite,
Deusa do amor e da beleza corporal.
Pura luxuria.
Querendo oportunidade de ousar.
Olhos inebriantes e capitosos!
Quendo questionar a agua insípida!
Mas, dormes um pouco
por que a deveras essa vida
é constituida e sonhada de utopia!
Fechar os olhos parace mais facil.
Como um jubilo divino e cheio de graça
de ser o que queres,
mas que ainda não é,
Oh quimera!
Andrea Kirkovits
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Prévio...
I
Como seria se não tivéssemos que tanger as palavras
sempre que quissesemos dizer o que não gostaríamos,
mas que para existir uma realidade clara, é necessário?
É minimno meu discernimento sobre o que gera o raciocinio alheio e,
eu sei disso como se fosse a respeito do meu entendimento!
O que imputa ao meu pensamento indiferença as pessoas,
é a hipocrisia!
Mas eu não julgo, por que, vejam bem:
Hipocrisia é tão diferente de contradição,
como água e vinho!
E, creio que não é inteligente transformar um em outro,
ou mesmo camuflar um com o outro.
Seria então mais fácil poupar-se da maldade e calar-se,
calar-me!
E é assim que começa o circulo vicioso:
Eu me calo,
Tu se calas,
Ele se cala,
Ela se cala e
Nós nos calamos, enfim!
II
Tudo é silencio entre as paredes,
corredores e muitas pecuinhas na cozinha,
nas portas do fundo.
Terminam-se todos a serem sozinhos por não saberem
dizer em encontro a olhares, enfrentando as emoções e as verdades
de cada um, que gera a indiferença e incomodo!
O que nos falta são as palavras para dizer e expressar!
O que falta é coragem de assumir o que finge não se ver.
Como não vemos o amor, mas o sentimos.
Como não vemos a dor e também a sentimos.
E fato é que transparecemos em semblante e em alma
muito mais aquilo que não falamos e nos carrega,
nos rega de rancor.
III
Nós, todos humanos leigos,
oriundos de costumes arcaicos em tempos contemporâneos,
já desenvolvemos a fala; mas a pratica, cadê?
O que falta a esses almas, é um pouco de paz e equilíbrio.
O que falta é usar o olfato e cheirar uma flor,
poder com tato, beijar seu amor...
Com a dicção e gesticulação dizer o que sente.
Falta pouco, para se obter muito:
Paz espiritual e, é tão simples!
Nós sempre complicamos o simples,
muitas vezes estamos acostumados com a dificuldade,
por isso quando vamos conseguir algo com facilidade,
nós desconfiamos:
Somos tão leigos que as vezes o óbvio nos parece errado, dificultoso...
Precisamos, a partir daí, de um puco de confiança
em nossos instintos...
Como nos dias que olhamos pela janela e pensamos:
Vai chover (com certeza), mas não levamos o guarda chuva e
chegamos encharcados em casa.
Mas, sinceramente, o que é mesmo um pingo pra quem desde sempre,
já está molhando?
E eu, sempre em meu estado de introspecção, observo da janela da minh'alma
o que quanto se perde e se ganha.
Andrea Kirkovits
"... E assim caminha a humanidade..."
(8)'
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