sábado, 27 de abril de 2013

Falando nisso...

...falar com palavras que talvez te mostrem culto, de maneira intelectual, é facil... dificil mesmo é se expressar de maneira que todos possam entender...ainda bem que eu, sou simplesmente eu, por isso posso falar de maneira que eu entenda e basta, porém, "ha porém"! Não sou tão simples quanto tu julgas...
" Eai, maluco? O que está pegando, porra?"



Pensei no nexo,
sem sexo...
Me restou o desconexo!

Pensei nas possiveis rimas,
lembrei das ruas...
Conjecturei certezas profundissimas,
Verdades que se dividem para duas!

Mensurei hipnoticas flores,
que lhe atream até a carniça.
No mais, há dores...
Como se para o caso, devesse uma miça.

Uma cobaia tosca e tremula,
presa a uma teia!
Toda a situação que se estende por lá.
É o que vem a pensar.

São adagas ardidas,
armadilhas venenosas.


...deixe me aqui com a sabedoria do não saber, pois é isso o que me faz pensar e, de fato crêr... Andrea Kirkovits

terça-feira, 16 de abril de 2013

De passagem.

E enfim os dias de outono: os meus preferidos em todo o ano! As folhas ficam mais verdes... e com o vento, gesticulam uma dança livre na luz brilhante emanada do sol de outono! São dias prateados, TÉPIDOS! Amo o frio que é esquentaddo pelo sol, suavemente! E toda a beleza está, na verdade, nos olhos e quem vê, na alma de quem sente... São dias que me trazem lembranças boas: o café quente, cigarros queimando, poemas rolando, doses no meio da tarde para esquentar o âmago, noites estreladas e com a lua sempre complacente zelando-as, outono me inspira TEMPERANÇA, mas não sentido de pecados, e sim no tocante equilibrio, tão harmônico, que me sinto dançar junto com as folhas! Oscilando em vibrações boas...

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Doar...















De repente olhei pra ela:
Já observou bem seus olhos?
E ela me respondeu com estranheza na voz:
Não muito...
Complementei:
É que envolta da sua pupila, na iris, você tem círculos cor de mel,
que são lindos!
Ela limitou-se a me dar um sorriso...

Eu pensei:
Creio que esses são detalhes que apenas
quem ama tem o privilégio de observar,
munido da sensibilidade que tal sentimento gera.

Saibas que eu vejo tudo e sinto inteiramente
toda essa energia...
E as vezes que eu não me doei foi por causa do cansaço
latente que a vida em consequência e rugidos me
prega nas costas.

Todas as vezes que eu não me doei foi
por que fui vencida e não quero lhe dar
metades e nem meios momentos!

Eu gosto mais,
amo mais quando posso me doar
inteiramente em momentos que serão completos.
Por isso as vezes prefiro me guardar, junto com
meu amor, que se reflete em poesia...
Palavras soltas e aleatórias,
Mãos soltas e sensatas!

Andrea Kirkovits

terça-feira, 9 de abril de 2013

Noite de Cão.

Choque de realidade, de verdade.
Não por força de expressão,
foi de verdade!
E a fidelidade?

Gotas que se perderam na noite,
tão salgadas quanto a mesma.
Fatalidade essa dor me embriaga
lentamente.

As palavras foram ditas assim,
sem mais e sem menos.
Sem saber dos motivos e das reticencias.

Então a raiva tomou conta de mim,
me transformando; como quando
uma tempestade invade os mares.

Me vi só numa noite de cão,
com calor no frio.
Querendo o cigarros, as ervas
penetrando os ares, os etílicos
educados, que nos traspassam bêbados.

Me vi emanada da ausência de palavras:
isso foi o que mais me doeu.
Me senti como aleijada.
Vulnerável, surda, muda e doída.
Não pude se que me dar o luxo
de uma xícara de café.

Tive a dura certeza de uma noite de cão,
onde o dia seguinte seria projetado aos
meus amigos imaginários: meus personagens
preferidos, que dormem em gavetas e mesmo
assim me dão a alegria de lê-los sem pestanejar.

E eu ali, depois da onda de choque,
dormi de soslaio, vencida pelo cansaço,
pela dor do abraço, que não tive.

Me senti podre, feito estatua.
Senti minha imunidade ser posta
ao chão frio na casa estranha..

E nada mais!
Dormi pelo cansaço e
fui acordada pela tristeza.


Andrea Kirkovits