quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Semântica do Amor.





















Na tenuidade languida,
fragilmente esquálido, treme.
E quanticamente berra
as notas que são sondadas diariamente.

Escuta? Não!
Sente essa música de quatro notas.

O termômetro indica
calafrios,
calamidades,
cata vento,
calor e
cala-se numa coordenada atemporal:
Nosso tempo é este eterno momento.

Quem acredita não duvida:
Tentamos seguir uma lógica que se quer,
que seja - guardar a lua na bolsa.

As palavras estrategicamente românticas
estão sendo penduradas em rabiscos
nas paredes alfinetadas!

O que subitamente implica no que está implícito,
é esta insistência de todas as borboletas não querer ver;
mas mesmo de olhos fechados poderá escutar
o tilintar de suas asas e crer.

Andrea Kirkovits


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Sou dois.

A cena lida
foi escabrosa no seu deleite alpestre.

A cena é de quem melhor lida,
e depois de lidar,
de qualquer maneira,
na sobriedade vil ou não,
as luzes se apagam e a tudo se perde.

Nem tudo:
Cena alpestre.
Sei ainda de sua textura,
que mesmo áspera é cheia 
de candura. 

Vejo por meio do ósculo,
minha ergometria:
Sou dois!

Meu Deus, 
como eu sou dois.

Me sinto como quem fala 
via anonimato:
Já que sou dois,
escrevo pra todos.

E esta hora em que escrevo
pensando em você,
vale por tudo o que nos falta.

-

Nalgumas vezes,
quando o poeta alcança o cume
das montanhas,
se perde,
se estonteia deverás com a vista de cima.
E volta para lembra da sua aspereza alpestre.


Andrea Kirkovits 




"...Uma só das horas tuas

Valem um mês 

Das almas já ressequidas..."


Machado de Assis