domingo, 29 de maio de 2011

*~ Enfeitar.

Me deleitando no desconexo, do complexo que me foi exposto e servido:
um belo coquetel verde, com canudos brilhantes, com bebidas incandescentes,
amargamente doces - como eu adoro! ligeiramente ardidas - esquenta, esquenta MAIS!
Com até mesmo novas fragâncias de malicia, e com sabores de vontade e ousadia,
que te deixam com respostas na ponta da lingua, me deixando cada vez mais persuasiva!
Esquenta MAIS, por que quanto mais, mais instiga, mais me anima!
" meu bem você me dá água na boca "...
Na cama, no bar. Na lama e no mar!
A noite se estende como que sobre um palco enfeitado de luxuria, volupia...
Contornos voluptuosos, que eu não me incomodo de contornar.
A noite se estende até o proximo beijo- roubado! tem que ser roubado, que eu gosto mais;
dá mais graça no que já é engraçado... Nunca gostei mesmo de esperar, tem que ser PÁ e JÁ...
ISSO! Tem que ser roubado... tem que ser no ato.
Tem que ser roubado, por que eu adoro procurar, testar o faro- FEROMÔNIO.
Solto a Pantera, mas não tente domar, por favor não pense se quer...
E entender? Não vamos entender além do coquetel, alem do novo mel, que já escorreu...
Mel da pinga? Ou mel da saliva?
Não vamos entender, vamos fazer, por que estou cada vez mais persuasiva,
e esse balcão fica cada vez mais apertado e pequeno que já não estão mais cabendo as minhas intenções!
Vamos fingir alguma coisa, para enfeitar mais a noite...
E eu? aaaaaaaah, minha querida... não se engane!
Por que EU.. Eu finjo tão bem que estou além de qualquer fingimento- mas confundo.
E você gosta de acreditar em toda a encenação, em toda a repercussão:
Não vive mais sem esse veneno não, e você sabe disso, e aceita a condição.
Vamos fingir algo, e andar na contra mão.
Vamos! Por que hoje enfeitaremos a noite.


Andrea Kirkovits

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Jogo-te as Correntezas.



Controversas absurdas.

Será tudo mesmo um mero negocio,

de quem pode mais e quem pode menos!?

Se for, será a mais supérflua superficialidade,

essa dicotomia desnecessária:

Mais? Menos?


Bom, devo dizer que me cansei de tentar ter essa água

guardada na concha que forma minha mão fechada.

Agora, deixarei que escorra pelos meus dedos,

meus músculos se cansaram da mesma posição,

e quero que se misture num rio desses da vida,

de forma que fique tão heterogêneo,

que eu não reconheça mais...

Que eu desconheça, como nunca tivesse feito parte

de qualquer parte minha.


Eu quero que se vá na correnteza,

no fluxo que tal, julga ser a vida.

Quero que vá, e não desejo que encontre pedras

escorregadias e com limos, quando precisar

em algo se segurar.

Por mim, se sê for, está bom.

Eu não quero mais.

Mas também não criei nenhuma aversão...

Entenda, só não quero mais...

Parece que nesta aguá, que eu depositei uma flor,

ela apodreceu, e despurificou o que era cristalino.


Borboletas não pousam mais ai,

pássaros não cantam mais perto de Si.

As borboletas que agora vem ate mim, não se aproximam tanto,

sei que elas gostam de margens calmas, sem águas turbulentas.

Por isso jogo-te num rio desse da vida...

Quero pureza.

Ah! Tanta pureza...

Que por ti, desconhecer,

eu como um reflexo, desconheço em dobro.


Está guardado,

mas eu não despojo mais beleza,

não falo mais da leveza...

Pois vejo correnteza e impureza.

Por isso despejo esse vazo,

que está muito cheio, num desses rios da vida.




Andrea Kirkovits.






sábado, 21 de maio de 2011

A ti também.

- Eu amo você, também!
( frase crucial, que foi lançada ao vento )
- Por que você me ama também?
- Eu te amo também por que eu não amo só você.
( não sei se houve arrependimento em dizer que não amava só aquele ser, pois seus olhos, AH! os seus olhos, enormes, castanhos, como se tivessem misturando tinta para pintar uma grande obra. seus olhos castanhos, aguados num verde. seus olhos observavam atentamente qualquer que fosse a minha advertência sobre a frase ao léu, no céu da minha boba. AH! seus olhos, enormes e emoldurados pelos longos cílios tão bem delineados, com a pupila de desejo deveras dilatadas. AH! como eu amo seus olhos aguados )
- Mas como você pode amar duas pessoas?
( a face branda, branca, meu Deus, tão branca, aquela face enrubesceu. parecia haver urgência e ansiedade em ter meu amor unicamente, nem que fosse só por aquele dia )
- Acho que a vida me dividiu, e fez de mim tantas. mas a que te amou desde o primeiro dia, ainda te ama, e ESSA parte, só você conhece. essa parte jamais ousaria olhar para outro como olha pra você.
( vi aquele ser enlouquecer, vi as pupilas em reflexo dilatar mais e mais )
- Como eu, que agora quero só você. Como eu, que agora, também amo só a você.
( havia temperança no vento que nos aplaudia )
- Sabes que somos um caso a parte, longe das realidades distintas. por isso, alheia a tudo, ouso dizer, que agora, eu amo só você.
( houve um silencio... um silencio grato. os olhos se fecharam, e eu quase me entristeci pelo ato, por não ver a graciosidade daqueles olhos. mas acontece que os lábios estavam secos demais, havia vento demais, frio demais, e nem se quer brisa queríamos, nós queriamos vapor. acontece que os lábios estavam sedentos demais, e os corpos ansiosos para o grande complementa, que segue todo eu te amo. e eu já não via, ali, eu apenas sentia. sentia tudo inteiramente )

[ . ]


Andrea KIrkovits.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pérolas Aos Porcos

Você já teve a impressão de que está jogando pérolas aos porcos?
pois é, eu já!
Mas os porcos pensam que elas são meramente milhos espalhados, e as comem.
Comem sem contemplar o real valor, e comem com voracidade, como se não comessem por séculos.
Ressaltando a infâmia, abstraindo a sutileza.
Ontem pude reparar o seu lado mais obscuro,
Hoje te vi como se entre o ' Médico e o Monstro '.
Assustador, desapontador. e no meio dessa formula desprevenida, numa dosagem de inconsciente, é bem ai que morre uma flor.
Cama, sofá, escada, quintal, rua,chiqueiro, algo que não seja normal;
órbitas tridimensionais:
num preâmbulo nem um pouco cognitivo!
Alguém perdeu o foco.
Alguém perdeu seus óculos lá no meio da noite.
Alguém, alguém que vislumbrou mas esqueceu de sonhar!
Exatamente: joguei pérolas aos porcos,
mas eu não sujei as minhas mãos com a sua lama, não, isso não!
Mas ainda bem que tive a coerência de guardar os diamantes.
Diamantes bem lapidados, que eu diria ser a sua kriptonita.
Diamantes se oferece a ninfas, fadas, anjos, qualquer coisa que se acredite,
menos a desalmandos, unicamente carnais, aqueles que existem, por simplesmente terem um corpo, se esquecendo da alma, da aura, da poesia,
mesmo que a mais simples.
É! EU JOGUEI PEROLAS AOS PORCOS!

Andrea Kirkovits.

sábado, 14 de maio de 2011

Cénico, cínico..
Árvores de cimento, folhas pintadas de cinza.
O incenso queimando devagar,
até o teu corpo alcançar, nesta terra fria,
subi as escadas, branquissima, quase que esqueci
que as vezes, não ter cor faz parte.
Mas foi ardente: volúpia me lembra lascivo,
e a palavra lascivo, já me devora...
A graça está no acaso:
Queima de repente.
Desejo coagulado, na face alheia afundada
no travesseiro.
Carisma, mais gole, carisma, e mais tantos goles.
Descobrindo preliminarmente.
Contra cénico:
apagam-se as luzes.
Aqui... Vêm mais um dia.

Andrea Kirkovits

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Na duvida, lê um jornal amanhã cedinho!

Pensei sobre politica, onde nenhum pensamento se concretizou,
por mais nefasto que ele fosse, ou que eu poderia fazer com que fosse, contaminando ou não com minha opinião!? Ai, já gera outra opinião ou outras, vai saber.
Por que sinceramente, muitos adoram falar mau da politica, do Estado e coisa e tal,
mas tenho uma certeza cómica e triste, de que a maioria desses que falam,
nem se quer sabem o significado da palavra Estado - na verdade não que isso fosse mudar algo-
mas é bom estar ciente do que se julga;
Como ia dizendo, tenho uma certeza triste e cómica de que de dez pessoas que julgam,
no mínimo duas delas fazem algo útil, ou humildemente tentam fazer algo, saindo da frente da televisão,
e encarando a realidade, de fato, sem que esteja protegido por um vidro fino,
um vidro que transpassa as noticias todos os dias, todos os dias...
As pessoas andam com pressa nas ruas, realmente, com muita pressa, como se soubessem que
algo vai acontecer com elas, ou esperassem ou temessem que fossem fazer parte da próxima noticia na televisão, ou algo similar isso, mas na duvida, meus caros, LEIAM O JORNAL AMANHÃ CEDINHO ( pois pode ser que algo terrivel aconteça com seu familiar ) !
Pois bem! Certo dia, li em alguma dessas historinhas moralistas, que um homem que não tinha mais nada, nem mesmo a sua integridade humana, literalmente, pois estava em farrapos, já nem se quer se lembrava do próprio nome, da sua família. Então, atravessando a rua, o pobre rapaz foi atropelado - e sempre lhe perguntavam o nome e ele disfarçava que não era para ele a pergunta ou algo assim - mas nesse momento em que ele foi atropelado, um policial lhe sorriu, e lhe chamou de 'cidadão'. Diz-se que ele morreu sorrindo, pois tinha um nome, um esterotipo... como preferirem!
Mas ai, quando somos todos cidadãos - mesmo que em suma, o direito de um começa quando o direito de outro termina - mesmo assim sendo, somos todos cidadãos! Que só sabem falar, falar, falar!
O que quero sintetizar é que, atras dessa palavra cidadão, existe uma intensa tentativa de evolução, foram tantas revoluções... Passando por principados, Estados absolutistas, parlamentaristas, e até mesmo os socialistas assiduos - por que na teoria, o Estado Socialista é incrível, justo, sensato; mas isso fica na teoria mesmo!
Enfim, quero sintetizar que não adianta falar, até por que falar as vezes só atrapalha!
Tem que haver uma coletividade! Ao invés de assistir a novela, vai saber o que acontece de verdade, vai ler um livro, vai se informar sobre os seus diretos, antes de proclamar que não os tem, pode ser que não seja como desejamos - mas nada é de graça e assim tão facil - mas temos SIM direitos! Só que existe um detalhe, meu caro, leia ATENTAMENTE um contrato, antes de assina-lo! ( na forma da Lei ).
Tem que valorizar o que se tem, pois quem sabe não poderia ter nascido na pele de uma daquelas crianças da Etiópia, que nem se quer sabem o que é não ter fome.
Quero sintetizar, que o problema, É QUE NÃO TEMOS NENHUM PROBLEMA, por isso, só para ter certeza, LEIA UM JORNAL AMANHÃ CEDINHO!
E que falar, não é nem de perto a ação certa.

Andrea Kirkovits.