domingo, 24 de outubro de 2010

Menina Invisível.




Será invisível assim esse meu coração,
que de volúpia se faz!?
Que se fez.
Diz pra mim se ainda confere minhas linhas,
que as vezes sofre,
noutras lembra de você e
por infinitos incontáveis,
chama por você!

Talvez,
apenas um Talvez,
seja o que possa comprovar que
aquele retrato ficou esquecido na moldura da memoria.
Meu coração ficou invisível aos olhos de faiscas!
Tão invisível, que o infalível foi pouco;
Roubando a vida da menina.

Deixando flores moldadas pelas mãos sem tato.
Apurando o olfato que se instigava por afago.
Querendo crer mais, para poder te adivinhar.
A menina invisível que existe ainda em seus sonhos,
a que roubaram a vida dela, da tua,
encaixando-a numa outra.
Nesse mundo cruel.

A menina,
A tua pluma,
se transformou na queda, como uma pedra.

Existindo por intermédios,
se transformando nos seus mais cruéis deletérios.
Existindo por frases sentimentais,
que desembarcam de qual vagão?
Sobrevivendo como uma flagelada,
que se faz no ato do seu flagelamento.
Mas a menina,
ela é invisível,
seu coração também.
Então a culpa é de quem?

Escuta a voz que não existe,
que ela te dará a resposta,
como uma chamado dessa vida que não entendemos.
O erro todo foi querer amar eternamente.

Pincipe,
Princesa que não existe,
que se fez invisível!

Amaciando ainda o lado esquerdo da cama,
roubando suas metades de noites,
de sua face, retorcendo em lábios sem som,
molhados de desamor,
por ainda ocupar e moldar a escultura de sua vida.
Regando a flor com os orvalhos,
de lágrimas de sal,
invisíveis;
Mas que gotejam em suas feridas e ainda
as ardem tanto.

Ser invisível é a única forma
que a menina encontrou de ainda viver em você!
Nos sonhos,
no ócio.
Nas mãos que não existem,
mas que tocam até seus ossos,
que rangem pelo tédio de não a ter.

Esse meu coração invisível, inexistente.
Intermédios.

Perceba que não há mascaras,
Nem face quebrada, na metade.
Não há mais dor, de tão atonita!
Não possibilidade de continuar, se sendo invisível.
Não há...
Não há...
Não há mais nada,
Se invisível, suas mãos me atravessam,
Se um coração sem cor, nada mais confessa.
Não há mais nada,
Menina Invisível...
Só o torpor de não existir e que
por não ter forma,
não poder coincidir.

Andrea Kirkovits








sexta-feira, 22 de outubro de 2010






Esse mar de insensatez,
vem trazendo autopsias ,
averiguações de momentos que
nem se quer já vivemos.

Esperei até amanhecer,
mais uma alvorada nesse meu viver,
de só apodrecer.
Pensando nas relíquias de um amor,
do sabor do vento,
que trás junto a nostalgia de você.

Que nesses dias de tardes cheias,
dos céus que se fazem roxos e cinzas,
me sento ausente de tudo,
me coloco a ponderar as regalias dessa fantasia,
dessa paixão inebriante,
em que eu também posso amar sozinha,
vindo me a pergunta:
E ele, amarias sozinho?
Sem sem pluma, sem pena,
sem asas pra imaginação?
de combustível para seus poemas,
as vezes na contra mão.

Quebrando rimas ao meio,
flutuando sobre as suas notas de louvor.
Seus fetiches, suas manias, suas alegrias;
Tudo isso cabe em mim,
nessa imensidão de alma,
que atirada desde já em minha existência,
não sei dizer se tem fim.

E eu, como qualquer mulher de
sangue quente,
me deleito com seu amor por mim,
esquecendo por uma fração infinita,
do meu vicio de folia,
da minha essência de espírito não menos que livre.
Aprofundando-me em seu ser,
mas sem chegar ao ponto de minhas alegrias
externas esquecer;
Essas ilusões especiais.

E eu tenho cantado todas as tardes e noites,
ninando meu amanhecer.
Me sentindo dopada, estando sóbria.
Vendo as horas de minha vida escorrendo,
as fazendo valer...
Em cada minuto, que do dia ainda irá correr.
Nesse imensidão imensurável,
de vontade de viver.

Das árvores que perdem as folhas,
como quem gasta seu valioso vocabulário!
Cada palavra com seu belo efeito,
até que não me restam mais hiatos de expressão,
somente esse meu olhar de fazer enrubescer.
Somente a certeza de ser filha pródiga do Amor.
Perdendo um pouco da minha religião,
sem nome, que vem da sociedade de deletérios.

Prefiro esse amor de mistério,
de estações e vibrações.
Prefiro esse mar de emoções oscilando,
assim como vem as estações.
Na autopsias de cada folha para palavras usadas,
de agradecimento a essas árvores,
que gentilmente me fazem a sombra,
de proteção a essa paixão.
Que mesmo em seus dias mais pálidos,
não deixam de demonstrar grandeza e
compaixão a seus habitantes irracionais,
a se encostar em seu tronco,
a pensar por simplesmente amar.


Andrea Kirkovits

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Essa doença que vai de lado a lado,
corroendo minha sanidade.
A cabeça pesa a ponto de eu ter preguiça
de pensar na realidade e as ponderações.
Pensar naqueles momentos alivia um pouca
as tensões ,
lembrar do sorriso grande,
faz pensar
que pode ser mais fácil do que essa
dor de cabeça incessante.
Talvez eu não seja assim tão boa;
Uma flor de cactos!
Impressionaste o peso de uma semana.
E que para tal satisfação, aquela rota foi perdida,
Quanto medo mesclado com amor.
E os jardins da Babilónia,
quero suas flores de polens cristalinos,
para deixar menos pesada essa realidade.
Quero aquela paz que rejuvenesce e
mais que tudo, quero apenas a profundeza de minha cama.
Voltam as utopias,
meus mais ternos 'bom dia',
sem resposta que reconforta!
Minhas narinas estão prestes a ultrapassar um pouco
o limite,
começa a tentar farejar aquele cheiro,
tão amadeirado, inconfundível.
Se eu me esticar mais alcanço seu pescoço,
seu peito, seus segredos, seu amor, muito mais pra mim.
Floresce sua amada floresta,
que vem ai a nossa primavera,
de fogos em foco.
Desamordaçe o grito que pode estar
no beco da sua alma.
Floresce, por que minha semente,
pelas pétalas magicas de cores que eu não conheço,
me berram que já desabrocharam.
Minhas flores iluminam essa estação,
com seus arco íris de oito cores.
Uma flor para cada estação.
Andrea Kirkovits

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Da pele ressecada,
Da ressaca da inconstância daquela nossa
tão barata felicidade de aluguel,
de diárias, de fartura em risadas,
de acordes que borrões erravam e que não
terminavam,
na constante fissuração.
No embalo de outros corpos,
De ritmo dançado,
De co e salteado!

Com roteiros de círculos vínculos,
Seria o nosso vicio?
Vicio de libido que a deveras
nem se quer era dividido.

Das paisagens,
Das nossas passagens,
Passados por mundos que não
o sabemos..
Arruma mais uma passagem,
Diz que essa viagem é sem fim,
Ai de Mim!
Que de boba acredita sem fim,
Em você?
Ai de Mim!
Acredito nas brechas de luz que cortam a
escuridão que mesmo já acordada a sombreia.

Que de falta de liquido,
Ressaca a mente,
E a minha semente?
Ela vive ardendo como correntes pesadas,
Aquecidas, derretidas..
Em qual jardim de terra de pirlinpinpin
enterrei a semente de volúpia, destino,
sina que fascina a mente de menina!

Abusando dos seus solos musicais?
Compõe pra quem?
Sua vontade vem de quem?
Seja o que provem,
Essa minha ressaca, meu bem
Vem da mente cansada de solucionar!
Noites que nem o tinha para inspirar!
Me lembra a fadiga agitada,
Me recorda a risada amordaçada,
A Sua pupila de emoção, dilatada,
Sentença de paraíso sem fim..
Do paraíso sem fim.

Andrea Kirkovits

Ápice.

Ápice.

velhos fortes,
jovens fracos,
a vida do marinheiro,
que calvoga esses mares,
os domando notavelmente com
sua fúria de alma vivida.

Em seu deleito junto
da cabeceira, olhado
para imensidão,
mas o que basta
se em seu olhar,
a brisa lhe bate,
a fumaça da neblina
aborta toda vontade
de não rir.

Não rir dessa realidade que
me parece tão irónica.
Será que meu amigo também escuta essa
essa voz da vida berrando tão sarcasticamente,
isso tudo, bem na nossa frente!?
E mais,será essa realidade como vemos mesmo?

Talvez, se no ápice da noite
venha como de retalho,
de calhão,
de olhar no vigia,
que traz em seu rosto
o sarcasmo que lhe
antes trazia fisgadas de amor,
mas agora, somente e apenas por horas,
não sei, talvez até anos,
como a pequena de asas nos pés,
que sempre acredita que tempestades com
chuvas ácidas assim, como a saliva que corrói,
tempestades como essas, Ela acredita que podem passar.


Thiago Pires.
Andrea Kirkovits.


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A bela fugitiva,
Concentrada e despreocupada,
De alívios confortantes,
Traçando novos alvos e por
Tangentes desenhando o novo
Quadro, rosto,amor,
Daquela ilusão.
A fugitiva sonha...
Foge de que princesa ?
Está tudo aí,
A culpa é a graça
No tribunal.
Julgue pelo que fiz.
Os lírios de sua existência
Perturbam ou pelo curso
psicológico os bosques distintos de tal existência,
Não se cruzam,
o preto no branco dá o cinza,
cor do meu dia, do nosso!
Cor dos olhos de tal mãe em fúria.
Todo cheiro encontra um frasco.
Sua saliência, agora é rainha,
do meu libido.
Apenas o jardim da esperança,
comentando em nossos votos na serena tarde,
como de costume um chá de contentamento.
Sim! Belas tardes de contentamento,
de ego, com cores incandescentes,
palpitando-me seus movimentos de futuro distante,
de placidez profunda no lago de contentamento!
Vai, moço rapaz,
Estende sua rede do lado do lago,
arma sua barraca e contempla o céu na placidez
do seu contentamento!
Cálidos modos,
ou se acalenta
numa canção,
coração lento,
que perdura
na dor sentida,
ávidos riscos de luz,
simples jura,
usura de intempéries,
contemplo nas tarde
seu ar de quereres,
o risco cinza que se faz,
e fez enegrecer a candura dos dias.
Tentadora feminina,
chama sua coragem de cristal.
alucina com suas palavras,
e esqueça do que existe.




Thiago Pires
Plínio Tomaz Secanechia
Andrea Kirkovits

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Mágico de Óz


Dei de mim o que pude,
Fiz o que podia!
O que mais quer, se me repudia?
Deve estar parecendo isso com um romance
daqueles que cedem mais.

Desculpe a minha estupidez,
Mas queres o que mais?
Esta achando que sou
tipo Mágico de Óz?
Por que dei-te meu coração,
será que não sentiu nem assim
minha palpitação?
Te dei até meu cérebro,
que era pra ver se você
acompanhava o raciocínio
de pura redenção?

É disso que é feito o amor?
Ah não, acho que não.
Quer que eu te mostre mesmo o
Meu mundo por trás dos espelhos?
Quer ver essa minha dor de crueza.?

Eu poderia ser o mágico ilusionista?
Te convencer com palavras doces,
Tão fácil..
Mas é disso que o amor é feito?
Ilusões?
Dois palhaços?
Dois lados da mesmo moeda,
da Cidade das Esmeraldas,
do mundo que criamos juntos.

Será necessário acender a fogueira,
das bruxarias de farças?
Ah não, eu digo!
Não quero truques.

Quer que eu me transforme em
maquina, robô
de vida, de emoções;
Tudo isso pra não atrofiar,
se não for seu óleo.

Podemos viver bem,
mesmo num fantástico mundo de
fantasias Loucas.
Volta pra cidadesinha,
esquece desse sonho.
Vamos entrar pela passagem de coração,
esquece a coação e
criemos um mundo nosso,
Tipo Magico de Óz,
Tipo a cidade das Esmeraldas.

Vamos sentar na sombra,
de baixo do arco-íris,
da noite se fazendo,
na cor da sua irís.

Pode ressaltar seu leão de coragem,
sem essa camuflagem,
deixa de ser de lata,
já te dei meu coração,
mas minh'alma, isso não.

Vamos ser,
Que nossas virtudes são maiores que isso,
Que temos ainda o caminha das pedras amarelas,
que temos ainda o mundo de baixo de um
arco-íris.


Andrea Kirkovits.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010


Sonha com a Flor que primeiro a semente se faz,
com a poeira por entre os espaços,
por entre o brilho dos cometas,
Que essa semente plantada,
Ela cresce lá no alto.
Essa flor, arde pelo pólen,
Essa flor, que em mim desabrochou,
Vai aonde eu vou!
E embora eu não a veja, e nem a sinta,
Toco em você,
é a abstração desse sentimento em ápice,
e embora eu não saiba o nome dessa Flor,
Ela vem de uma longa linhagem,
Ela é daquela espécie,
Tipo planta carnívora,
dos espaços,
Ela é daquela espécie
que nasce em qualquer terra.
Mas minha semente é do espaço,
do brilho dos cometas refletido naquele olhos.
Lembrei seus olhos,
Me lembrei da espécie da Flor também,
Essa flor aqui, ela é daquele a qual mais se tem
que ter cuidado ao cultivar,
Se rega com a minha afeição
e mata com seu rancor
Essa Flor aqui, é daquela espécie,
que se não me falha a memoria,
é uma espécie chamada de Amor.
Andrea KIrkovits

Leio-Te.

Leio teu ser, friamente,
Tão prevenida,
Como se
de longe, das lentes mesmo embaçadas
Como se
eu já soubesse da futura tempestade.

Agouro?
Por que não
Realismo,
Objetivismo,
Por que não até as palavras que não existem?

Você se certificou do álibi?
Meus olhos lacrimejam suas
bem mais que azedas verdades.
Eu não tenho álibi nenhum.
Mas, mas tenho esses olhos aqui.

Leio o teu ser,
passando de paginas a paginas,
de suas falas a minhas.
Leio-te calmamente,
na maresia,

Leio teu ser
na ambrosia
no esboço da nossa mitologia!
Isso não é doce não,

Seu leigo,
Matéria prima.
Sou leiga,
seu eu amar você?
Coisa divina!

Leio teu ser,
e teu sexo, cadê?
Serás você, seu leigo, estúpido,
Serás você o meu anjo?

Me sento a beira das suas explosões,
Sua Besta sem pena.
Leio teu ser,
sua irracionalidade por
Me amar.

Me vejo triste,
Será que entende isso?
Ou seu encanto lhe basta?
Tenta ler esses olhos meu!
Queres minha mão,
meu pão,
meu tesão,
minha leitura,
minha ortografia?
meus poemas.

Leio:
Cada movimento,
Respiração.
Não é qualquer noticia que abala esse meu coração!
Julgas como?
Coração vagabundo?!
Ah, quanta inocência!

Leio-te,
Sinto os presságios e
o Seu amor..
Sinto o futuro,
de Dois Leigos apaixonados.
De amor a matéria prima!

Leio seus olhos,
seu cheiro,

tormento meu,
meu martírio em você,
Leio.
E quanto mais leio,
o ponto final se esvai.

Você não lê,
Mas beija estontiantemente meus lábios,
da boca que te conta o que viu,
vestido de poemas.
Observe
essa nossa irracionalidade.
E se não lê
e se não fala,
cola a boca com a minha saliva
seca.. sedenta de você..
Perdida em você!

Leio teu ser,
de postura intacta,
pedra,
estátua.

Leio o escorrer das suas ideias,
Mula sem cabeça,
Repara até as ironias?
Meu pensador,
Meu amor.

Viu o mais distante cometa,
dessas minhas noites sem você.
Viu as estrelas que mesmo separados
há de ver;
E ler...
Ler....
Leio-te ate adormecer e
É lá, nesse crer de realidade
da realidade dos sonhos,
que creio em você..
É lá nos sonhos,
que sou feita pra você..
então,
Dormi, dormi..
Pra me amanhecer.


Andrea Kirkovits