sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Da pele ressecada,
Da ressaca da inconstância daquela nossa
tão barata felicidade de aluguel,
de diárias, de fartura em risadas,
de acordes que borrões erravam e que não
terminavam,
na constante fissuração.
No embalo de outros corpos,
De ritmo dançado,
De co e salteado!

Com roteiros de círculos vínculos,
Seria o nosso vicio?
Vicio de libido que a deveras
nem se quer era dividido.

Das paisagens,
Das nossas passagens,
Passados por mundos que não
o sabemos..
Arruma mais uma passagem,
Diz que essa viagem é sem fim,
Ai de Mim!
Que de boba acredita sem fim,
Em você?
Ai de Mim!
Acredito nas brechas de luz que cortam a
escuridão que mesmo já acordada a sombreia.

Que de falta de liquido,
Ressaca a mente,
E a minha semente?
Ela vive ardendo como correntes pesadas,
Aquecidas, derretidas..
Em qual jardim de terra de pirlinpinpin
enterrei a semente de volúpia, destino,
sina que fascina a mente de menina!

Abusando dos seus solos musicais?
Compõe pra quem?
Sua vontade vem de quem?
Seja o que provem,
Essa minha ressaca, meu bem
Vem da mente cansada de solucionar!
Noites que nem o tinha para inspirar!
Me lembra a fadiga agitada,
Me recorda a risada amordaçada,
A Sua pupila de emoção, dilatada,
Sentença de paraíso sem fim..
Do paraíso sem fim.

Andrea Kirkovits

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