quinta-feira, 26 de maio de 2011

Jogo-te as Correntezas.



Controversas absurdas.

Será tudo mesmo um mero negocio,

de quem pode mais e quem pode menos!?

Se for, será a mais supérflua superficialidade,

essa dicotomia desnecessária:

Mais? Menos?


Bom, devo dizer que me cansei de tentar ter essa água

guardada na concha que forma minha mão fechada.

Agora, deixarei que escorra pelos meus dedos,

meus músculos se cansaram da mesma posição,

e quero que se misture num rio desses da vida,

de forma que fique tão heterogêneo,

que eu não reconheça mais...

Que eu desconheça, como nunca tivesse feito parte

de qualquer parte minha.


Eu quero que se vá na correnteza,

no fluxo que tal, julga ser a vida.

Quero que vá, e não desejo que encontre pedras

escorregadias e com limos, quando precisar

em algo se segurar.

Por mim, se sê for, está bom.

Eu não quero mais.

Mas também não criei nenhuma aversão...

Entenda, só não quero mais...

Parece que nesta aguá, que eu depositei uma flor,

ela apodreceu, e despurificou o que era cristalino.


Borboletas não pousam mais ai,

pássaros não cantam mais perto de Si.

As borboletas que agora vem ate mim, não se aproximam tanto,

sei que elas gostam de margens calmas, sem águas turbulentas.

Por isso jogo-te num rio desse da vida...

Quero pureza.

Ah! Tanta pureza...

Que por ti, desconhecer,

eu como um reflexo, desconheço em dobro.


Está guardado,

mas eu não despojo mais beleza,

não falo mais da leveza...

Pois vejo correnteza e impureza.

Por isso despejo esse vazo,

que está muito cheio, num desses rios da vida.




Andrea Kirkovits.






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