quarta-feira, 10 de julho de 2013
Ponteiro que roda o tempo.
Sempre que se está mais próximo,
demora.
As horas infindavelmente se arrastam
no comboio
do tempo.
Escutei de bem longe,
como um eco,
o arrependimento.
E também nem de longe,
culpo.
Pois se a vida é de momento,
arrependimento
faz parte.
Quem não se arrepende?
Isto é um momento.
Arrepender-se de tudo,
não sei qual nome tem;
Momento.
Momento tal que compõe meu desgosto e
... Também me arrependo.
E se eu soubesse talvez fosse
sábia,
mas cá estou eu na roda
do tempo...
Que roda,
que muda,
inverte e
contrapõe...
Eu nada afirmo...
Como um enleio.
O tempo sempre é solução e nunca
tormento ou azedume.
Aprendi isto e depois que se aprende,
se releva.
Sempre haverá duvida e
os ponteiros que não
cessam.
Andrea Kirkovits
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