domingo, 8 de setembro de 2013

"a hora da estrela"

Toda matéria é divina:
quando depositamos amor nesta,
passamos a ama-la,
e esta matéria passa a ter poder!
Entretanto eu fico perplexa com sua superficialidade
de não perceber, então se quer entender o que
claramente lhe digo.

Todos temos uma parcela de tristeza!
Você tem também e eu sei bem disso...
Já provei desse ardor amargo que seca a sua boca!

Eu tenho a minha parcela de dor,
e é daí que pode-se obter uma resposta:
Ela é minha cura (clichê e simplório, não!?) eu sei...
Mas Ela é quem me salva da podridão e carnificina humana...
Ela é quem me mostra que pode ser diferente.
-
O amor não é meramente uma dor,
nem um poema que é escrito a base de conta gota,
pois quer destilar bem as palavras,
porque o ego fala mais do que o amor em si
fazendo com que nunca seja dito o que realmente engasga e
sufoca, e aperta, e te mata de tanto consumir...
E isso é um erro... Um erro não se entregar.

Mas a vida com calma mostra que na maioria das
vezes para termos o que queremos não devemos,
mas precisamos nos colocar em segundo plano.
É preciso abrir mão e ceder!

Eu entendo a sua parcela de dor egoísta e azeda.
Eu entendo a minha parcela de dor desnecessária e
compreensível!
Entendo a parcela de dor que Ela tem,
pois deve estar sempre neutra.

E em meio toda essa embriagues de incerteza e insensatez,
e não, querida, não tomei nenhuma dose de gim,
todos nós temos  hora de estrela!
Acontece que nem todos fazem o pedido certo!
Acontece que nem todos sabem interpretar o momento como é,
e então perde ele numa eternidade infindável e impossível de recupera-lo.

Eu sei bem a força que tem a sutileza.
É preciso estar sempre atento,
se não passam se as horas e as estrelas.

Andrea Kirkovits
08/09/13



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