segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Calma Absenteísta.

Quem dera calma, no ritmo do fluvial,
sem mais correntezas apressadas...
Sem todas aquelas pedras ásperas, que você já conhece.
Arranhando a obra prima, que é só matéria prima,
sem mais tintas mais para manchar.
Tem carne fresca, mas que precisa ser lapidada
antes de ser forjada.
E quem me deu calma, já se foi.
Foge como essa agua, que não se pode abraçar, abrasar.
Quem me dará calma?
Pergunta periclitante!
Onde por um triz eu espero com ânsia,
olhando de soslaio,
o ruma que essa vida vai tomando:
calma absenteísta!
Intrigante ao cumulo:
Fingimos dor as vezes,
mas quando está chega de verdade, somos covardes,
desfarçando o real,
embocando na face um sorriso treinado.
É auto defesa, instinto...
Embromando o ritmo das correntezas,
Enrolando o próprio fluxo tristeza.
Que eu sei que despertei-te uma vez mais!
Posta a antiga mascara:
dupla face és tu, deusa de ébano!
Vestida sempre de cor escarlate!
E sei que entendera este sim de ciclo intermediário...
cujo hospedeiro é tu.
Quem me dera calma, quem me dera.

Andrea Kirkovits


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