domingo, 19 de setembro de 2010

Não! Isso não é comédia!
Isso não é engraçado?
Ou será que existe graça na dor?
Nem dor e nem graça, apenas atonita!
Sem dor, por que nunca mais se quer te vi,
Sem graça, por que você era toda a Minha graça!
Murmúrios, esse balbuciar.. só o vento, mais firme que eu!
Complexa, agora entendi.
Eu guardei a lembrança feliz,
Mas sua aspereza cinzenta a tampou,
Aquela sua nuvem carregada de confusão!
Ah não! Não quero esse furacão!
Eu perdi..
Te perdi! Agora eu sei..
Isso não é dor,
Não é falta, não é solidão..
Não tem nome.. Me escapa!
Foge da minha ética...
Isso aqui dentro é vazio,
Vazio de você,
E cheia, muito cheia das suas palavras
mudas fazerem a minha saliva arder,
queimar, com vontade de dizer:
Odeio você!
Mas como poderia?!
Isso aqui não tem graça,
Até pode parecer sátira..
Mas não tem graça..
Não sentir nada, não faz parte!
Fostes tão facilmente,
Repugnante até, me deixou ainda remetente,
Mandarei uma carta lá para capital e vou dizer:
Eu odeio você.
De alguma forma lembrara..
E eu não pedirei compreensão para minha fúria,
nem mesmo para minha fuga ininterrupto!
Sei que quando pisar nas ruas estreitas lembrara..
Só guarda aquele pedacinho de musica que foi dado,
Pois ali, eu ainda te amava..
Agora, estou vazia e
isso não tem nenhuma graça!


Andrea Kirkovits

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